Nós, da CONCP, queremos que nos nossos países martirizados durante séculos, humilhados, insultados, nunca possa reinar o insulto, e que nunca mais os nossos povos sejam explorados, não só pelos imperialistas, não só pelos europeus, não só pelas pessoas de pele branca, porque não confundimos a exploração ou os factores de exploração com a cor da pele dos homens; não queremos mais a exploração no nosso país, mesmo feita por negros. Lutamos para construir, nos nossos países, em Angola, em Moçambique, na Guiné, nas Ilhas de Cabo Verde, em S. Tomé, uma vida de felicidade, uma vida onde cada homem respeitará todos os homens, onde a disciplina não será imposta, onde não faltará o trabalho a ninguém, onde os salários serão justos, onde cada um terá o direito a tudo o que o homem construiu, criou para a felicidade dos homens. É para isso que lutamos. Se não o conseguirmos, teremos faltado aos nossos deveres, não atingiremos o objectivo da nossa luta”. AMILCAR CABRAL

terça-feira, 28 de agosto de 2007

DETIDOS SUSPEITOS DO ASSASSINIO DE JORNALISTA RUSSA


Dez suspeitos aguardam julgamento sobre o alegado envolvimento no homicídio da jornalista russa, Anna Politkovskaya, morta a tiro em Outubro passado, quando saia da sua casa em Moscovo para o trabalho.
O Procurador-geral russo, general Yuri Chaika, anunciou numa conferência de Imprensa que o grupo fora liderado por um senhor do crime checheno e incluía um membro dos serviços federais da segurança russa, FSB, o órgão que substituiu o antigo KGB.
A jornalista e autora russa foi uma veemente detractora do abuso dos direitos humanos na Chechénia e de outras alegadas irregularidades do regime do presidente, Vladimir Putin.
Na conferência de Imprensa, o general Chaika disse que a investigação levou as autoridades a concluir que só “conspiradores residentes no estrangeiro” poderiam estar interessados no assassinato da jornalista.
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Conspiração'
“Estamos a falar de forças interessadas em desestabilizar o país, em alterar a sua ordem constitucional, em promover a crise e em regressar ao velho sistema onde o dinheiro e as oligarquias governavam, em desacreditar a liderança nacional e em colocar pressão externa sobre o nosso país”, discursou.
Mas o quadro apresentado de ‘gangsters’ chechenos operando em conivência com a polícia russa e um coronel do FSB radicado no estrangeiro não está a convencer todos os observadores.
Alexander Goldfarb, um exilado russo autor do livro, "Morte de um Dissidente" manifestou à BBC suspeitas quanto à claridade e imparcialidade da investigação que levou ao anúncio das dez detenções.

'Dúvidas'
"Estou muito céptico relativamente a tudo o que a acusação russa está a fazer porque há um registo de provas falsificadas e de acusações politicamente motivadas.
“Qualquer observador, incluindo a própria Anna Politkovskaya, diria que a Procuradoria-geral russa não é uma autoridade independente mas totalmente subordinada ao Kremlin", acusou o autor exilado russo.
O Governo russo continua a negar qualquer ligação ao homicídio.

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