Nós, da CONCP, queremos que nos nossos países martirizados durante séculos, humilhados, insultados, nunca possa reinar o insulto, e que nunca mais os nossos povos sejam explorados, não só pelos imperialistas, não só pelos europeus, não só pelas pessoas de pele branca, porque não confundimos a exploração ou os factores de exploração com a cor da pele dos homens; não queremos mais a exploração no nosso país, mesmo feita por negros. Lutamos para construir, nos nossos países, em Angola, em Moçambique, na Guiné, nas Ilhas de Cabo Verde, em S. Tomé, uma vida de felicidade, uma vida onde cada homem respeitará todos os homens, onde a disciplina não será imposta, onde não faltará o trabalho a ninguém, onde os salários serão justos, onde cada um terá o direito a tudo o que o homem construiu, criou para a felicidade dos homens. É para isso que lutamos. Se não o conseguirmos, teremos faltado aos nossos deveres, não atingiremos o objectivo da nossa luta”. AMILCAR CABRAL

domingo, 26 de agosto de 2007

GOVERNO IRAQUIANO EXIGE PEDIDO DE DESCULPAS


O governo iraquiano pediu ontem à França que se desculpe pelas declarações do seu ministro dos Negócios Estrangeiros e criticou a senadora democrata norte-americana Hillary Clinton por ter pedido a substituição do primeiro-ministro Nuri al-Maliki. "Algumas personalidades internacionais, a partir dos seus cargos, estão a manifestar e a ditar directrizes ao Parlamento para derrubar o governo. Esta é uma flagrante interferência nos assuntos de um Estado independente e nos do Parlamento eleito por 12 milhões de iraquianos", afirmou o primeiro-ministro Nuri al-Maliki.
"Fomos surpreendidos pelas declarações do ministro, que foram muito além do que qualquer protocolo", disse al-Maliki, referindo-se ao facto de Bernard Kouchner ter dito que o primeiro-ministro do Iraque e o seu governo são "ineficazes". Kouchner defendeu, numa entrevista à revista Newsweek que, para se chegar a uma solução no Iraque, é preciso substituir Maliki.
"São muitos os que pensam que o primeiro-ministro deve ser substituído, mas desconheço quais seriam as consequências, porque parece que o presidente George W. Bush está muito próximo de al-Maliki. Mas é certo que o governo não funciona", disse o ministro dos Negócios Estrangeiros francês.
O governo francês tentou hoje minimizar as declarações de Kouchner, afirmando que "se referem a um debate em curso já há algum tempo".
Maliki criticou também, durante a inauguração do novo centro de imprensa na sede do governo na Zona Verde de Bagdad, os senadores democratas norte-americanos Hillary Clinton e Carl Levin por terem solicitado ao Parlamento iraquiano que substitua o chefe de governo.
Para o primeiro-ministro, os dois senadores "falam do Iraque como se este se situasse nos Estados Unidos. (...) São democratas e deveriam entender o que levou a democracia ao Iraque. Devem voltar à razão e saber que o Iraque é um país que deve ser respeitado".

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