Nós, da CONCP, queremos que nos nossos países martirizados durante séculos, humilhados, insultados, nunca possa reinar o insulto, e que nunca mais os nossos povos sejam explorados, não só pelos imperialistas, não só pelos europeus, não só pelas pessoas de pele branca, porque não confundimos a exploração ou os factores de exploração com a cor da pele dos homens; não queremos mais a exploração no nosso país, mesmo feita por negros. Lutamos para construir, nos nossos países, em Angola, em Moçambique, na Guiné, nas Ilhas de Cabo Verde, em S. Tomé, uma vida de felicidade, uma vida onde cada homem respeitará todos os homens, onde a disciplina não será imposta, onde não faltará o trabalho a ninguém, onde os salários serão justos, onde cada um terá o direito a tudo o que o homem construiu, criou para a felicidade dos homens. É para isso que lutamos. Se não o conseguirmos, teremos faltado aos nossos deveres, não atingiremos o objectivo da nossa luta”. AMILCAR CABRAL

segunda-feira, 27 de agosto de 2007

PORTADORES DE HIV ENTERRADOS VIVOS EM PAPUA NOVA GUINÉ


Portadores do vírus HIV, que provoca a Aids, estão sendo enterrados vivos por suas próprias famílias em Papua Nova Guiné, afirma uma assistente social do país, no oeste do Oceano Pacífico.
Segundo Margaret Marabe, as famílias estão tomando esta decisão porque não têm condições de cuidar dos enfermos ou por medo de contrair a doença.
A assistente diz ter testemunhado o sepultamento de pessoas vivas com seus próprios olhos durante uma viagem de cinco meses pelas montanhas do sul do país.
Estima-se que cerca de 2% dos seis milhões de habitantes de Papua Nova Guiné sejam portadores do HIV, sendo que os diagnósticos de novas infecções aumentam em 30% a cada ano.
A ativista, presidente da organização humanitária Igat Hope, que lida com portadores do HIV, disse que as pessoas em regiões remotas do país não têm conhecimentos sobre a Aids.
Em entrevista à BBC no ano passado, o ministro da Saúde do país, Nicholas Mann, disse que a variedade de línguas e culturas existentes no país tornava mais difícil consciencializar a população sobre a Aids e que o governo estava trabalhando com agências numa ação coordenada para lidar com a crise.
Os infectados são vistos como vítimas de bruxaria.
Segundo autoridades e pesquisadores, mulheres acusadas de bruxaria são torturadas e mortas por grupos que as acusam de ser responsáveis pela epidemia.

BBC em Sydney, Phil Mercer.

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