Nós, da CONCP, queremos que nos nossos países martirizados durante séculos, humilhados, insultados, nunca possa reinar o insulto, e que nunca mais os nossos povos sejam explorados, não só pelos imperialistas, não só pelos europeus, não só pelas pessoas de pele branca, porque não confundimos a exploração ou os factores de exploração com a cor da pele dos homens; não queremos mais a exploração no nosso país, mesmo feita por negros. Lutamos para construir, nos nossos países, em Angola, em Moçambique, na Guiné, nas Ilhas de Cabo Verde, em S. Tomé, uma vida de felicidade, uma vida onde cada homem respeitará todos os homens, onde a disciplina não será imposta, onde não faltará o trabalho a ninguém, onde os salários serão justos, onde cada um terá o direito a tudo o que o homem construiu, criou para a felicidade dos homens. É para isso que lutamos. Se não o conseguirmos, teremos faltado aos nossos deveres, não atingiremos o objectivo da nossa luta”. AMILCAR CABRAL

terça-feira, 18 de setembro de 2007

ACORDO CONSTITUCIONAL NO ZIMBABUÉ


Robert Mugabe dirige o Zimbabué desde a independência
O principal partido da oposição do Zimbabué, o MDC, acordou com o governo uma emenda constitucional.
Fica aberto o caminho para a realização simultânea de eleições parlamentares e presidenciais em 2008.
Uma porta-voz do MDC considerou que este era o primeiro passo no sentido da resolução da crise nacional.
As emendas propostas deverão traçar novos círculos eleitorais, aumentar o número de deputados e antecipar dois anos a realização de eleições gerais.
Isto aconteceu no dia em que o International Crisis Group (o Grupo Internacional de Crise) alertava para o aproximar do colapso total do Zimbabué.
Um relatório deste grupo, sedeado na Bélgica, apela aos líderes mundiais que unam esforços para apoiar a iniciativa da África do Sul, que pede o diálogo entre o partido do governo, a ZANU, e a oposição, o MDC.
O documento diz que o governo do Zimbabué deve cooperar com o processo de mediação, implementar as reformas necessárias e permitir eleições justas e livres no início do próximo ano.
A própria organização admite que a estratégia pode resultar de forma bastante parcial, mas se isso acontecer propõe no relatório a imposição de sanções mais fortes.

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