Nós, da CONCP, queremos que nos nossos países martirizados durante séculos, humilhados, insultados, nunca possa reinar o insulto, e que nunca mais os nossos povos sejam explorados, não só pelos imperialistas, não só pelos europeus, não só pelas pessoas de pele branca, porque não confundimos a exploração ou os factores de exploração com a cor da pele dos homens; não queremos mais a exploração no nosso país, mesmo feita por negros. Lutamos para construir, nos nossos países, em Angola, em Moçambique, na Guiné, nas Ilhas de Cabo Verde, em S. Tomé, uma vida de felicidade, uma vida onde cada homem respeitará todos os homens, onde a disciplina não será imposta, onde não faltará o trabalho a ninguém, onde os salários serão justos, onde cada um terá o direito a tudo o que o homem construiu, criou para a felicidade dos homens. É para isso que lutamos. Se não o conseguirmos, teremos faltado aos nossos deveres, não atingiremos o objectivo da nossa luta”. AMILCAR CABRAL

segunda-feira, 24 de setembro de 2007

UMA GUINÉ SONHADA POR AMILCAR CABRAL


Assinala-se hoje o 34º aniversário da Declaração unilateral da Independência da Guiné-Bissau Não é possivel falar da Guiné sem se evocar Amilcar Cabral. Fundador e líder do PAIGC"vítima de um ajuste de contas que não merecia, Amílcar Cabral teve a segunda morte no golpe de Estado de Nino Vieira de 14 de Novembro de 1980 que arrasou o seu grande sonho de fazer da Guiné e de Cabo Verde um único país, ou, pelo menos, uma união de Estados capaz de se impor aos desígnios hegemónicos dos governos de Dacar e Conacri, e desmembrou o PAIGC por ele fundado.""O nosso povo sabe muito bem que a serpente pode mudar de pele, mas é sempre uma serpente"O percurso sinuoso em direcção à construção da Guiné sonhada por Amilcar Cabral, é paralelo à onda de indignação instalada no coração do povo guineense ante o caos politico, social e económico provocado por dirigentes corruptos, déspotas, e traidores da causa e do pensamento de Cabral A Guiné saberá ultrapassar esta fase e colocar-se no mapa das Nações livres e oferecer aos seus cidadãos os direitos e as liberdades que lhe foram usurpadas pelos colonizadores internos

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