AS MULHERES LETRADAS E ILETRADAS
A julgar pelas afirmações produzidas por Graça Júlia, do Fórum Mulher, as deputadas no Parlamento, em Moçambique, são reprimidas e anestesiadas
pelo machismo reinante na sociedade moçambicana inevitavelmente transferido para aquele órgão legislativo.
Os privilegiados não cedem o poder sem luta, digo eu. A ser assim, caberá às mulheres desencadearem o processo que conduza ao reconhecimento e/ou devolução dos direitos e liberdades que assistem a todos os cidadãos, sem excepção.
Na minha opinião, as mulheres, enquanto cidadãos, não têm alternativa à luta sem quartel. Por outro lado, culpabilizar, mais uma vez, os homens-deputados de as colonizarem não faz muito sentido, isto é, o oprimido não suplica ao opressor que lhe conceda alguma liberdade. Luta por ela e contra ele. Como? Não há receitas e, se existissem, deviam ser subscritas pelos directamente envolvidos na busca da terapêutica adequada para debelar este mal social.
Finalmente, não concordo, de todo, que seja a mulher letrada a que mais sofre. Certamente, isto terá a ver com o posicionamento ideológico de quem produz tais afirmações.
Teremos, assim, outra camada da população que ficará excluida: refiro-me às mulheres iletradas
Estamos numa sociedade patriarcal onde até no parlamento o poder masculino impede a voz da mulher” “A camada que sofre mais violação doméstica é a letrada. Sofre mais do que a do campo - Graça Júlio, da Fórum Mulher
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