Nós, da CONCP, queremos que nos nossos países martirizados durante séculos, humilhados, insultados, nunca possa reinar o insulto, e que nunca mais os nossos povos sejam explorados, não só pelos imperialistas, não só pelos europeus, não só pelas pessoas de pele branca, porque não confundimos a exploração ou os factores de exploração com a cor da pele dos homens; não queremos mais a exploração no nosso país, mesmo feita por negros. Lutamos para construir, nos nossos países, em Angola, em Moçambique, na Guiné, nas Ilhas de Cabo Verde, em S. Tomé, uma vida de felicidade, uma vida onde cada homem respeitará todos os homens, onde a disciplina não será imposta, onde não faltará o trabalho a ninguém, onde os salários serão justos, onde cada um terá o direito a tudo o que o homem construiu, criou para a felicidade dos homens. É para isso que lutamos. Se não o conseguirmos, teremos faltado aos nossos deveres, não atingiremos o objectivo da nossa luta”. AMILCAR CABRAL

quinta-feira, 18 de outubro de 2007

CGTP ESPERA FORTE ADESÃO À MANIFESTAÇÃO NACIONAL


A CGTP espera que a manifestação nacional que convocou no dia em que decorre a Cimeira de Chefes de Estado e de Governo da União Europeia, onde se vai negociar o Tratado Reformador, tenha «grandes dimensões», apesar de esta não contar com a mobilização dos sindicatos europeus.
Em declarações à TSF, o sindicalista Amável Alves fez esta previsão por causa da «dinâmica que se esteve a criar com as centenas de plenários, contactos com trabalhadores» e da «dinâmica criada nos locais de trabalho» para esta concentração.
Esta manifestação tem como objectivo protestar contra a situação económica do país e a sua situação social, mas também contra políticas europeias como a flexigurança, que esta central sindical entende que terá repercussões negativas a Portugal.
Para saber mais sobre o tratado leia o artigo Tratado reformador da UE: inaceitável pelo método e pelo conteúdo.
Horas depois, já recolhemos outras informações:
«Temos informação de que esta é a maior manifestação nos últimos 20 anos. Calculamos que estão 200 mil pessoas entre o Parque das Nações e os Olivais», anunciou hoje Ulisses Garrido, do executivo da Central Sindical, perante milhares de pessoas concentradas perto do Pavilhão Atlântico, onde decorre a cimeira informal de Chefes de Estado e de Governo da União Europeia (UE).
«Viemos aqui lutar por uma Europa social», disse o sindicalista, recordando que os manifestantes são trabalhadores portugueses que estão a protestar contra a degradação das condições de vida e de trabalho.
O secretário-geral da CGTP, Manuel Carvalho da Silva, confirmou à agência Lusa a participação de 200 mil pessoas nesta manifestação e disse que o protesto está a correr de acordo com as suas expectativas.

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