Nós, da CONCP, queremos que nos nossos países martirizados durante séculos, humilhados, insultados, nunca possa reinar o insulto, e que nunca mais os nossos povos sejam explorados, não só pelos imperialistas, não só pelos europeus, não só pelas pessoas de pele branca, porque não confundimos a exploração ou os factores de exploração com a cor da pele dos homens; não queremos mais a exploração no nosso país, mesmo feita por negros. Lutamos para construir, nos nossos países, em Angola, em Moçambique, na Guiné, nas Ilhas de Cabo Verde, em S. Tomé, uma vida de felicidade, uma vida onde cada homem respeitará todos os homens, onde a disciplina não será imposta, onde não faltará o trabalho a ninguém, onde os salários serão justos, onde cada um terá o direito a tudo o que o homem construiu, criou para a felicidade dos homens. É para isso que lutamos. Se não o conseguirmos, teremos faltado aos nossos deveres, não atingiremos o objectivo da nossa luta”. AMILCAR CABRAL

terça-feira, 23 de outubro de 2007

CRESCIMENTO DAS DESIGUALDADES


Enquanto a economia portuguesa cresceu a uma taxa próxima da estagnação, as desigualdades nunca aumentaram tanto depois do 25 de Abril como agora.
Em Portugal, no ano de 2005, os rendimentos dos 20% mais ricos da população foram 8 vezes superiores aos rendimentos dos 20% mais pobres quando em 2004 era 7 vezes, portanto em apenas num ano de governo PS este indicador de desigualdade aumentou 14%.
Em 2006, os vencimentos dos trabalhadores da Administração Pública aumentaram apenas 1,5%, as remunerações de todos os trabalhadores 2,7% e a taxa de inflação 3,1%, o que determinou uma redução generalizada do poder de compra no nosso País. Nesse mesmo ano, os lucros das 500 maiores empresas não financeiras aumentaram 67% e, entre 2004 e 2006, os lucros da banca cresceram 135%.
as receitas perdidas pelo Estado devido aos os benefícios fiscais concedidos atingirão 10.318 milhões de euros sendo, pelo menos, 71% deste valor concedidos a empresas e fundamentalmente a grandes empresas.
A pobreza está também a atingir os trabalhadores empregados. De acordo com o INE, no ano de 2006 20%, dos trabalhadores por conta de outrem, ou seja, 700.000, recebiam um salário inferior a 400 euros por mês. Intervenção de Eugénio Rosa na AR (Excertos)

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