Nós, da CONCP, queremos que nos nossos países martirizados durante séculos, humilhados, insultados, nunca possa reinar o insulto, e que nunca mais os nossos povos sejam explorados, não só pelos imperialistas, não só pelos europeus, não só pelas pessoas de pele branca, porque não confundimos a exploração ou os factores de exploração com a cor da pele dos homens; não queremos mais a exploração no nosso país, mesmo feita por negros. Lutamos para construir, nos nossos países, em Angola, em Moçambique, na Guiné, nas Ilhas de Cabo Verde, em S. Tomé, uma vida de felicidade, uma vida onde cada homem respeitará todos os homens, onde a disciplina não será imposta, onde não faltará o trabalho a ninguém, onde os salários serão justos, onde cada um terá o direito a tudo o que o homem construiu, criou para a felicidade dos homens. É para isso que lutamos. Se não o conseguirmos, teremos faltado aos nossos deveres, não atingiremos o objectivo da nossa luta”. AMILCAR CABRAL

domingo, 21 de outubro de 2007

O DESENVOLVIMENTO DOS MAIS POBRES DOS POBRES


Os três gigantes da África, América do Sul e Ásia pretendem criar «auto-estradas marítimas e aéreas» unindo o Brasil, o Cabo da Boa Esperança e a Índia, por onde dizem passar 80 por cento do comércio mundial de bens e mercadorias.
A África do Sul, a Índia e o Brasil, que compõem o Fórum de Diálogo IBSA, que se reuniu pela segunda vez hoje na capital sul-africana, querem que a ronda negocial de Doha consiga ultrapassar os obstáculos que dizem ser levantados pelas nações ricas do Norte e resulte num triunfo para as nações em desenvolvimento do Sul.
Thabo Mbeki anunciou também a criação pelo IBSA de um fundo destinado a fomentar o desenvolvimento dos «mais pobres dos pobres», e que está já a ser utilizado na Guiné-Bissau e no Haiti, seguindo-se outros que estão a ser estudados, de forma a que mesmo os países em desenvolvimento como a Índia, Brasil e a África do Sul possam ajudar os que são ainda mais necessitados a sair da pobreza.

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