Nós, da CONCP, queremos que nos nossos países martirizados durante séculos, humilhados, insultados, nunca possa reinar o insulto, e que nunca mais os nossos povos sejam explorados, não só pelos imperialistas, não só pelos europeus, não só pelas pessoas de pele branca, porque não confundimos a exploração ou os factores de exploração com a cor da pele dos homens; não queremos mais a exploração no nosso país, mesmo feita por negros. Lutamos para construir, nos nossos países, em Angola, em Moçambique, na Guiné, nas Ilhas de Cabo Verde, em S. Tomé, uma vida de felicidade, uma vida onde cada homem respeitará todos os homens, onde a disciplina não será imposta, onde não faltará o trabalho a ninguém, onde os salários serão justos, onde cada um terá o direito a tudo o que o homem construiu, criou para a felicidade dos homens. É para isso que lutamos. Se não o conseguirmos, teremos faltado aos nossos deveres, não atingiremos o objectivo da nossa luta”. AMILCAR CABRAL

segunda-feira, 8 de outubro de 2007

A PROPÓSITO DA GEOGRAFIA E DE CHAUVINISMO


Para Frantz Fanon , grande vulto da intelectualidade africana, a consciência nacional é a forma mais elaborada da cultura. À consciência nacional, que não confundia com nacionalismo, atribuía-lhe uma dimensão internacional.
“É no coração da consciência nacional, dizia Fanon, que se eleva e se vivifica a consciência da internacionalidade.
À compartimentação da sociedade colonial e ao seu carácter violento e culturalmente egocêntrico e ultrajante, dever-se-à opor a edificação de nações libertas de sistemas ,novos ou velhos, castradores da liberdade dos povos e das suas culturas.
Nas cinzas de sociedades “cortadas ao meio” não podemos construir ideologias exacerbadoras de velhos e novos fantasmas. Ressuscitar, exaltar, e transpor para outras épocas e outras geografias, o tenebroso conceito ariano é resvalar para chauvinismos execráveis.
É convertermo-nos , mesmo ao nivel da linguagem, em meros altifalantes de interesses obscuros

Sem comentários: