A PROPÓSITO DA GEOGRAFIA E DE CHAUVINISMO
Para Frantz Fanon , grande vulto da intelectualidade africana, a consciência nacional é a forma mais elaborada da cultura. À consciência nacional, que não confundia com nacionalismo, atribuía-lhe uma dimensão internacional.
“É no coração da consciência nacional, dizia Fanon, que se eleva e se vivifica a consciência da internacionalidade.
À compartimentação da sociedade colonial e ao seu carácter violento e culturalmente egocêntrico e ultrajante, dever-se-à opor a edificação de nações libertas de sistemas ,novos ou velhos, castradores da liberdade dos povos e das suas culturas.
Nas cinzas de sociedades “cortadas ao meio” não podemos construir ideologias exacerbadoras de velhos e novos fantasmas. Ressuscitar, exaltar, e transpor para outras épocas e outras geografias, o tenebroso conceito ariano é resvalar para chauvinismos execráveis.
É convertermo-nos , mesmo ao nivel da linguagem, em meros altifalantes de interesses obscuros
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