Nós, da CONCP, queremos que nos nossos países martirizados durante séculos, humilhados, insultados, nunca possa reinar o insulto, e que nunca mais os nossos povos sejam explorados, não só pelos imperialistas, não só pelos europeus, não só pelas pessoas de pele branca, porque não confundimos a exploração ou os factores de exploração com a cor da pele dos homens; não queremos mais a exploração no nosso país, mesmo feita por negros. Lutamos para construir, nos nossos países, em Angola, em Moçambique, na Guiné, nas Ilhas de Cabo Verde, em S. Tomé, uma vida de felicidade, uma vida onde cada homem respeitará todos os homens, onde a disciplina não será imposta, onde não faltará o trabalho a ninguém, onde os salários serão justos, onde cada um terá o direito a tudo o que o homem construiu, criou para a felicidade dos homens. É para isso que lutamos. Se não o conseguirmos, teremos faltado aos nossos deveres, não atingiremos o objectivo da nossa luta”. AMILCAR CABRAL

segunda-feira, 5 de novembro de 2007

O PERONISMO VISTO DO BRASIL


Anedota argentina: visitante estrangeiro pergunta a Perón como o país se divide politicamente. Ele lhe responde com as percentagens de cada corrente, como socialistas, liberais, conservadores, comunistas. “E os peronistas, meu general?”, “Ora, peronistas somos todos!”
Há muito o que criticar nos Kirchner: autoritarismo, corrupção em seu circulo íntimo, manipulação da inflação, instransigência na politica externa. Ainda assim, tais defeitos são comuns a muitos outros políticos latino-americanos – digamos, aos presidentes da Colômbia, do Peru e do México – que não recebem o mesmo tratamento agressivo. Por que tanto ódio no coração?O governo Kirchner violou dois tabus da política brasileira: renegociou a dívida externa e quebrou a impunidade dos crimes cometidos pela ditadura militar. Ambas as medidas deram certo e lhe renderam popularidade.

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