Nós, da CONCP, queremos que nos nossos países martirizados durante séculos, humilhados, insultados, nunca possa reinar o insulto, e que nunca mais os nossos povos sejam explorados, não só pelos imperialistas, não só pelos europeus, não só pelas pessoas de pele branca, porque não confundimos a exploração ou os factores de exploração com a cor da pele dos homens; não queremos mais a exploração no nosso país, mesmo feita por negros. Lutamos para construir, nos nossos países, em Angola, em Moçambique, na Guiné, nas Ilhas de Cabo Verde, em S. Tomé, uma vida de felicidade, uma vida onde cada homem respeitará todos os homens, onde a disciplina não será imposta, onde não faltará o trabalho a ninguém, onde os salários serão justos, onde cada um terá o direito a tudo o que o homem construiu, criou para a felicidade dos homens. É para isso que lutamos. Se não o conseguirmos, teremos faltado aos nossos deveres, não atingiremos o objectivo da nossa luta”. AMILCAR CABRAL

segunda-feira, 3 de dezembro de 2007

POLITIQUICE RASTEIRA



Os funcionários do PCP expulsaram a vereadora Luísa Mesquita eleita por Santarém. Com ela, afastam-se da CDU seis dos mais prestigiados presidentes de junta de freguesia do concelho. Depois de dois anos de trabalho com esta mulher de fortes convicções, com um grau de competência e exigência invulgares, com uma vida dedicada à causa comunista, pasmo com a decisão. Se Luísa Mesquita não é o PCP na forma de entender o mundo, confesso que é difícil de perceber o que é o PCP. E quem ler a baixeza do comunicado de expulsão, encharcado de insultos pessoais, compreende que o tribalismo antropófago não tem explicação no domínio dos valores democráticos. É a politiquice rasteira no seu mais obscuro esplendor.


Em nota, o Secretariado da Direcção da Organização Regional de Santarém, informa que «a atitude partidária adoptada por Luísa Mesquita de ostensivo incumprimento de princípios estatutários, de compromissos políticos e éticos assumidos e de afrontamento ao Partido, com recurso a calúnias e à mentira, é incompatível com a sua qualidade de membro do PCP. A decisão tomada pelo secretariado da DORSA de expulsão de Luisa Mesquita culmina um longo processo de confronto com o partido a que pertence»

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