Nós, da CONCP, queremos que nos nossos países martirizados durante séculos, humilhados, insultados, nunca possa reinar o insulto, e que nunca mais os nossos povos sejam explorados, não só pelos imperialistas, não só pelos europeus, não só pelas pessoas de pele branca, porque não confundimos a exploração ou os factores de exploração com a cor da pele dos homens; não queremos mais a exploração no nosso país, mesmo feita por negros. Lutamos para construir, nos nossos países, em Angola, em Moçambique, na Guiné, nas Ilhas de Cabo Verde, em S. Tomé, uma vida de felicidade, uma vida onde cada homem respeitará todos os homens, onde a disciplina não será imposta, onde não faltará o trabalho a ninguém, onde os salários serão justos, onde cada um terá o direito a tudo o que o homem construiu, criou para a felicidade dos homens. É para isso que lutamos. Se não o conseguirmos, teremos faltado aos nossos deveres, não atingiremos o objectivo da nossa luta”. AMILCAR CABRAL

quinta-feira, 20 de dezembro de 2007

VOZES ISOLADAS NA IGREJA


No dia 18 de dezembro de 1979, a Congregação da Fé do Vaticano cassou a licença de lecionar do suíço Hans Küng, residente no sul da Alemanha. O teólogo arrebatou o ódio do Vaticano ao questionar a infalibilidade do Papa.
. O teólogo suíço, radicado na Alemanha, foi proibido de lecionar teologia em nome da igreja. "Acredito que o importante para um teólogo é expressar as preocupações e esperanças atuais do povo à luz do Evangelho
Cinco anos depois, no dia 3 de setembro de 1984, o teólogo brasileiro Leonardo Boff, um dos teóricos da Teologia da Libertação, receberia punição semelhante, por criticar a estrutura da igreja no livro Igreja, Carisma e Poder.
No livro Uma ética global para a política e economia mundiais (Editora Vozes, Petrópolis, 1998), Küng afirma que "uma nova ética mundial passa pela paz religiosa, sem a qual não haverá paz mundial, e esta exigirá interpretações mais humanas de leis sacras ultrapassadas e anti-humanistas, fundadas na intolerância e na mentira".

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