Nós, da CONCP, queremos que nos nossos países martirizados durante séculos, humilhados, insultados, nunca possa reinar o insulto, e que nunca mais os nossos povos sejam explorados, não só pelos imperialistas, não só pelos europeus, não só pelas pessoas de pele branca, porque não confundimos a exploração ou os factores de exploração com a cor da pele dos homens; não queremos mais a exploração no nosso país, mesmo feita por negros. Lutamos para construir, nos nossos países, em Angola, em Moçambique, na Guiné, nas Ilhas de Cabo Verde, em S. Tomé, uma vida de felicidade, uma vida onde cada homem respeitará todos os homens, onde a disciplina não será imposta, onde não faltará o trabalho a ninguém, onde os salários serão justos, onde cada um terá o direito a tudo o que o homem construiu, criou para a felicidade dos homens. É para isso que lutamos. Se não o conseguirmos, teremos faltado aos nossos deveres, não atingiremos o objectivo da nossa luta”. AMILCAR CABRAL

sexta-feira, 4 de janeiro de 2008

BOBs2008: FAÇAMO-NOS EXISTIR



Com este título, o Diário de Um Sociólogo, caracterizava uma noticia da televisão pública. A mesma do canal RTP- África!A RTP já habituou os seus espectadores à crónica falta de rigor nos seus serviços de informação.Agora cometeram "uma pequena gralha". Sim pequena, porque o(s) penalizado (s) são cidadãos dum continente longínquo. Refiro-me a África, pois claro e a Moçambique, mais concretamente O lixo televisivo também integra os telejornais e os restantes serviços noticiosos.Pessoalmente, vejo pouca televisão. Faço-o por uma questão de higiene mental. Também para me distanciar.Parafraseando Baptista Bastos : "A cisão entre o mundo objectivo e a subjectividade orientada da Imprensa portuguesa mede-se pelo esgotamento de uma política informativa instrumental, que reduziu, cada vez mais, a sua própria esfera de liberdade. A discussão argumentativa de que o paradigma da comunicação social, nas sociedades democráticas, não deve escapar às distorções de sentido - é, simplesmente, falaciosa.A teia reticular de conivências, o manobrismo político, o pagamento de favores são evidências que a realidade comprova e que a generalidade das complacências admite sem recalcitrar"
Naquele blog, O Diário de um Sociólogo, pode ler-se:Ora, comentando os resultados do concurso, o canal online da Rádio e Televisão Portuguesa escreveu o seguinte: "Em língua portuguesa participaram nesta corrida 599 blogs, entre concorrentes 79 de Portugal e os restantes do Brasil."Por outras palavras: Moçambique não existe. E, já agora, ressalvo que não há nenhuma referência ao blogue angolano que, em língua portuguesa, concorreu ao prémio Repórteres sem fronteiras.

3 comentários:

J Francisco Saraiva de Sousa disse...

Bem, pelo menos, se as coisas correrem mal para o Carlos Serra, sempre pode vir para Portugal.
(Brinco consigo).
Abraço

AGRY disse...

Não percebi mesmo, a ironia!

J Francisco Saraiva de Sousa disse...

Referia-me à polémica moçambicana. Apenas isso.