Nós, da CONCP, queremos que nos nossos países martirizados durante séculos, humilhados, insultados, nunca possa reinar o insulto, e que nunca mais os nossos povos sejam explorados, não só pelos imperialistas, não só pelos europeus, não só pelas pessoas de pele branca, porque não confundimos a exploração ou os factores de exploração com a cor da pele dos homens; não queremos mais a exploração no nosso país, mesmo feita por negros. Lutamos para construir, nos nossos países, em Angola, em Moçambique, na Guiné, nas Ilhas de Cabo Verde, em S. Tomé, uma vida de felicidade, uma vida onde cada homem respeitará todos os homens, onde a disciplina não será imposta, onde não faltará o trabalho a ninguém, onde os salários serão justos, onde cada um terá o direito a tudo o que o homem construiu, criou para a felicidade dos homens. É para isso que lutamos. Se não o conseguirmos, teremos faltado aos nossos deveres, não atingiremos o objectivo da nossa luta”. AMILCAR CABRAL

sábado, 5 de janeiro de 2008

COMBATE FOLCLÓRICO DA POBREZA


Quatro palavras: redução da pobreza, participação, empowerment e ownership, recentemente, ganharam considerável aceitação na nova linguagem de desenvolvimento. Carregando o fascínio de optimismo e determinação, impregnadas de considerável poder normativo, essas palavras ainda permanecem vazias de significância prática no esteio de implementação de políticas de desenvolvimento em três níveis, nomeadamente:a nível político, a nível institucional e a nível dos pobres .
A questão de formulação e interpretação dos resultados derivados da implementação de políticas de desenvolvimento nos nossos dias têm sido vistas de diferentes maneiras. Umas situam suas análises centrando-se nos decisores políticos e outras dão maior enfoque aos pobres, e outras ainda, às instituições responsáveis a trazer o almejado benefício à dinâmica de reformas. Uma outra via para abordar essa situação seria uma leitura compreensiva àquilo que actualmente tem sido feito em nome da participação, empowerment, ownership e redução da pobreza, e questionar até que ponto isto representa mudanças reais na prática – ou é simplesmente apropriação da musicalidade sonora das palavras para produzir um tom agradável ao negócio.Confira aqui

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