Nós, da CONCP, queremos que nos nossos países martirizados durante séculos, humilhados, insultados, nunca possa reinar o insulto, e que nunca mais os nossos povos sejam explorados, não só pelos imperialistas, não só pelos europeus, não só pelas pessoas de pele branca, porque não confundimos a exploração ou os factores de exploração com a cor da pele dos homens; não queremos mais a exploração no nosso país, mesmo feita por negros. Lutamos para construir, nos nossos países, em Angola, em Moçambique, na Guiné, nas Ilhas de Cabo Verde, em S. Tomé, uma vida de felicidade, uma vida onde cada homem respeitará todos os homens, onde a disciplina não será imposta, onde não faltará o trabalho a ninguém, onde os salários serão justos, onde cada um terá o direito a tudo o que o homem construiu, criou para a felicidade dos homens. É para isso que lutamos. Se não o conseguirmos, teremos faltado aos nossos deveres, não atingiremos o objectivo da nossa luta”. AMILCAR CABRAL

sexta-feira, 4 de janeiro de 2008

FORÇAS DA ONU E DA OUA NO TERRENO, EM DARFUR


Segundo a Agência Lusa, a força conjunta das Nações Unidas (ONU) e da União Africana para o Darfur (UNAMID) assumiram no último dia de 2007 o controlo das operações no oeste do Sudão, quase cinco anos após o início do conflito.
Numa cerimónia em Ai-Facher, capital do Darfur, a força mista da ONU e da União Africana, composta por 26.000 soldados, vai substituir os 7.000 militares da missão africana no Sudão (AMIS), destacada até agora no território.
As tropas africanas que desenvolviam as operações até agora foram incapazes de acabar com os confrontos e massacres que levaram à morte de dezenas de milhares de pessoas.
Apesar de a força conjunta assumir hoje o controlo oficialmente, mais de 9.000 soldados da UNAMID, entre os quais polícias e soldados, iniciaram já as suas operações no terreno.
No país estão presentes actualmente dez batalhões procedentes do Ruanda, África do Sul, Nigéria e Senegal, juntamente com outras forças policiais e com outras funções de mais de 25 países.
Outros efectivos procedentes do Egipto, Paquistão e do Nepal serão destacados nos próximos dois meses para a zona, segundo fontes da ONU.
A missão da UNAMID foi autorizada em 31 de Julho pelo Conselho de Segurança da ONU para proteger a população civil, fornecer ajuda humanitária e estabelecer um clima de segurança que favoreça a Paz no oeste do Sudão.
Darfur, uma região do tamanho da França, vive um cenário de conflito armado desde o início de 2003, quando rebeldes se revoltaram contra o Governo de Cartum, numa disputa de recursos naturais.
Estima-se que o conflito já tenha causado mais de 200 mil mortos, cerca de 200 mil refugiados e 2,5 milhões de deslocados internos.
A situação no Darfur foi considerada pela ONU como sendo a crise humanitária mais grave de toda a história da humanidade.

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