Nós, da CONCP, queremos que nos nossos países martirizados durante séculos, humilhados, insultados, nunca possa reinar o insulto, e que nunca mais os nossos povos sejam explorados, não só pelos imperialistas, não só pelos europeus, não só pelas pessoas de pele branca, porque não confundimos a exploração ou os factores de exploração com a cor da pele dos homens; não queremos mais a exploração no nosso país, mesmo feita por negros. Lutamos para construir, nos nossos países, em Angola, em Moçambique, na Guiné, nas Ilhas de Cabo Verde, em S. Tomé, uma vida de felicidade, uma vida onde cada homem respeitará todos os homens, onde a disciplina não será imposta, onde não faltará o trabalho a ninguém, onde os salários serão justos, onde cada um terá o direito a tudo o que o homem construiu, criou para a felicidade dos homens. É para isso que lutamos. Se não o conseguirmos, teremos faltado aos nossos deveres, não atingiremos o objectivo da nossa luta”. AMILCAR CABRAL

terça-feira, 22 de janeiro de 2008

MP ARQUIVA INVESTIGAÇÃO CONTRA MINISTRA SOBRE RACISMO


No Brasil, O Ministério Público arquivou um processo instaurado para investigar a suposta prática de racismo pela ministra da Secretaria Especial de Politicas de Promoção da Igualdade Racial, Matilde Ribeiro.
M.R disse, em entrevista ao site do Partido dos Trabalhadores, que queria "se reposicionar" sobre o tema e afirmou que a luta de excluídos por seus direitos "não é uma forma de racismo". "É, sim, uma forma de se afirmar como cidadão", disse. E acrescentou: o racismo e a discriminação racial são existentes na sociedade brasileira.
Eis a pergunta e a respectiva resposta que estiveram na base da investigação:
BBC Brasil - E no Brasil tem racismo também de negro contra branco, como nos Estados Unidos?
Matilde Ribeiro - Eu acho natural que tenha. Mas não é na mesma dimensão que nos Estados Unidos. Não é racismo quando um negro se insurge contra um branco. Racismo é quando uma maioria económica, política ou numérica coíbe ou veta direitos de outros. A reacção de um negro de não querer conviver com um branco, ou não gostar de um branco, eu acho uma reacção natural, embora eu não esteja incitando isso. Não acho que seja uma coisa boa. Mas é natural que aconteça, porque quem foi açoitado a vida inteira não tem obrigação de gostar de quem o açoitou. Leia a noticia aqui

2 comentários:

Anónimo disse...

Cheguei por via de ti, depois de teres lido ou acessado o blogspot do Mussa Raja, usando via Diario de Um sociologo, o sagrado cafe meu, em que me documento e navego no mundo dos que vivem sociologicamente. Nao sociologicamente falando, mas pessoalmente falando.
Obrigado Agry pelo incentivo, espero que o meu ser novo na blogosfera seja acompanhado pela vossa correccao e ainda a permanencia e aprontamento de qualquer novidade depende de voces.
Dizer mais uma vez obrigado, li o seu blogspot as mensagens sao muitissimo interessante para quem quer se actualizar pelo mundo. Ainda as imagens que ilustram a diversidade socio-cultural de Mocambique, reparando do lado do Indico esta o retrato das mulheres da Ilha, com mussiro e mais. Ainda para mi e um orgulho..nao vou dizer porque.
Mas de tudo, esta um abraco.

AGRY disse...

Mussa Raja, obrigado pela visita e pelos comentários. Estamos juntos!
A blogosfera proporcia-nos experiências muito gratificantes. Através dela conhecemos pessoas com as quais temos muitos pontos de contacto, muita afinidade. É ainda graças a ela que temos a liberdade de expressar as nossas opiniões e de aterrarmos noutras galáxias.
Se formos humildes,se soubermos ler os outros, estamos diariamente a descobrir coisas que nos enriquecem.
A facilidade de comunicação e de intercâmbio que a blogo nos oferece tem, de facto, aspectos muito curiosos. Hoje, vou ficar por aqui.
Renovo votos de boas postagens
Abraço
Agry