Nós, da CONCP, queremos que nos nossos países martirizados durante séculos, humilhados, insultados, nunca possa reinar o insulto, e que nunca mais os nossos povos sejam explorados, não só pelos imperialistas, não só pelos europeus, não só pelas pessoas de pele branca, porque não confundimos a exploração ou os factores de exploração com a cor da pele dos homens; não queremos mais a exploração no nosso país, mesmo feita por negros. Lutamos para construir, nos nossos países, em Angola, em Moçambique, na Guiné, nas Ilhas de Cabo Verde, em S. Tomé, uma vida de felicidade, uma vida onde cada homem respeitará todos os homens, onde a disciplina não será imposta, onde não faltará o trabalho a ninguém, onde os salários serão justos, onde cada um terá o direito a tudo o que o homem construiu, criou para a felicidade dos homens. É para isso que lutamos. Se não o conseguirmos, teremos faltado aos nossos deveres, não atingiremos o objectivo da nossa luta”. AMILCAR CABRAL

quarta-feira, 27 de fevereiro de 2008

A DOUTRINA DO CHOQUE E AS PRIVATIZAÇÕES EM MASSA


A doutrina de choque que defende as privatizações em massa, a desregulação dos mercados e abertura total às exportações, os cortes na despesa pública e o fim de tudo o que possa obstaculizar o interesse económico privado, nada disto pode ser feito se não for acompanhado do choque físico que deixe a população aterrorizada e sem capacidade de reacção. Para Naomi Klein, “o segredo sujo da era neoliberal é que estas ideias [a democracia económica a par da política] nunca foram derrotadas numa grande batalha de ideias, nem sequer rejeitadas eleitoralmente. Elas foram afastadas do caminho através do choque em momentos políticos chave. Quando a resistência foi feroz, foi derrotada pela violência aberta – esmagada pelos tanques de Pinochet, Ieltsin e Deng Xiaoping”.
Conspirações à parte, The Shock Doctrine: The Rise of Disaster Capitalism, de Naomi Klein, é um livro indispensável para fazer a história da aplicação das políticas neoliberais e dos seus autores e executantes, que navegam entre as administrações do poder político e empresarial há mais de quarenta anos.Confira aqui

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