Nós, da CONCP, queremos que nos nossos países martirizados durante séculos, humilhados, insultados, nunca possa reinar o insulto, e que nunca mais os nossos povos sejam explorados, não só pelos imperialistas, não só pelos europeus, não só pelas pessoas de pele branca, porque não confundimos a exploração ou os factores de exploração com a cor da pele dos homens; não queremos mais a exploração no nosso país, mesmo feita por negros. Lutamos para construir, nos nossos países, em Angola, em Moçambique, na Guiné, nas Ilhas de Cabo Verde, em S. Tomé, uma vida de felicidade, uma vida onde cada homem respeitará todos os homens, onde a disciplina não será imposta, onde não faltará o trabalho a ninguém, onde os salários serão justos, onde cada um terá o direito a tudo o que o homem construiu, criou para a felicidade dos homens. É para isso que lutamos. Se não o conseguirmos, teremos faltado aos nossos deveres, não atingiremos o objectivo da nossa luta”. AMILCAR CABRAL

domingo, 24 de fevereiro de 2008

MANIFESTAÇÕES POPULARES PERCORREM MOÇAMBIQUE


Duas pessoas linchadas, dois polícias feridos, nove feridos entre os moradores, a destruição parcial da 3.ª Esquadra da Polícia e de uma residência - eis o rescaldo de uma conturbada situação social na cidade de Chimoio neste momento, onde há minutos atrás a polícia disparava para o ar tentando conter uma multidão furiosa que quer linchar 11 homens acusados de assaltos usando catanas. Mas outras duas pessoas foram entretanto linchadas, acusadas também de assaltos. È nestes termos que o Diário de um Sociólogo relata, hoje, os acontecimentos da capital de Manica
Na 20.ª adenda às 00:05 de 24/02/08, refere Carlos Serra, autor do blog, que o governador de Manica, Maurício Vieira, leu um comunicado governamental, narrando os acontecimentos e condenando a violência desencadeada.
Como dado curioso, o sociólogo moçambicano afirma que aquele governante absteve-se do uso de adjectivos como “mão invisível” e “marginais” muito utilizados após o “sismo social” de 5 de Fevereiro

1 comentário:

Ivone Soares disse...

Ilustre! Ontem, houve mais uma greve dos transportadores dos semi-colectivos e hoje, a Mcel está paralisada. Será que o "sismo social" chegou a companhia de telefonia móvel?
Sismo Social-expressão do Sociólogo Carlos Serra.
Ivone