Nós, da CONCP, queremos que nos nossos países martirizados durante séculos, humilhados, insultados, nunca possa reinar o insulto, e que nunca mais os nossos povos sejam explorados, não só pelos imperialistas, não só pelos europeus, não só pelas pessoas de pele branca, porque não confundimos a exploração ou os factores de exploração com a cor da pele dos homens; não queremos mais a exploração no nosso país, mesmo feita por negros. Lutamos para construir, nos nossos países, em Angola, em Moçambique, na Guiné, nas Ilhas de Cabo Verde, em S. Tomé, uma vida de felicidade, uma vida onde cada homem respeitará todos os homens, onde a disciplina não será imposta, onde não faltará o trabalho a ninguém, onde os salários serão justos, onde cada um terá o direito a tudo o que o homem construiu, criou para a felicidade dos homens. É para isso que lutamos. Se não o conseguirmos, teremos faltado aos nossos deveres, não atingiremos o objectivo da nossa luta”. AMILCAR CABRAL

terça-feira, 13 de maio de 2008

CONFLITOS POR TERRA ATENTAM CONTRA DIREITOS HUMANOS NO BRASIL


O Brasil em choque com a absolvição do fazendeiro Vitalmiro Bastos Moura, o Bida, acusado de ser o mandante do assassinato da missionária Dorothy Stang em 2005.
A absolvição de Vitalmiro acontece na mesma semana em que indígenas da Terra Indígena Raposa Serra do Sol são atacados e baleados por capangas supostamente contratados por outro fazendeiro, Paulo César Quartieiro, que também é prefeito de Pacairama
O assassinato da missionária não é um caso isolado de assassinios de trabalhadores sem-terra e defensores dos direitos humanos no país.
Segundo o relatório dos Conflitos no Campo do Brasil, promovido pela Comissão Pastoral da Terra (CPT), em 2007 foram mortas 28 pessoas em conflito por terra no país, em 2006 foram 39 mortes, sendo 24 somente no estado do Pará.
Vivem-se “momentos difíceis , agudizam-se os conflitos por terras”, causados, sobretudo, por políticas económicas voltadas ao fortalecimento do agro-negócio e à morosidade da Justiça em fazer demarcação de terras para a reforma agrária e titulação de terras indígenas
A violência não pára! No Paraná, entre os municípios de Cascavel e Corbélia, uma milícia armada invadiu um acampamento do Movimento de Libertação dos Sem Terra (MLST) .
Transportados num camião com carroçaria blindada com pequenas janelas,de onde os pistoleiros atiravam , destruíram a estrutura do acampamento, inclusive uma igreja e uma escola.Confira aqui

1 comentário:

Jonathan McCharty disse...

Por acaso, acompanhei esse caso do assassinato da missionaria Dorothy e ficou claro para mim (e isso acabou sendo provado em tribunal), naquela altura, o envolvimento desse fazendeiro-mandante! Agora, a sua libertacao, e' de todo surpreendente!! Como e' que isso acontece?? So' mesmo no Brasil!!