Nós, da CONCP, queremos que nos nossos países martirizados durante séculos, humilhados, insultados, nunca possa reinar o insulto, e que nunca mais os nossos povos sejam explorados, não só pelos imperialistas, não só pelos europeus, não só pelas pessoas de pele branca, porque não confundimos a exploração ou os factores de exploração com a cor da pele dos homens; não queremos mais a exploração no nosso país, mesmo feita por negros. Lutamos para construir, nos nossos países, em Angola, em Moçambique, na Guiné, nas Ilhas de Cabo Verde, em S. Tomé, uma vida de felicidade, uma vida onde cada homem respeitará todos os homens, onde a disciplina não será imposta, onde não faltará o trabalho a ninguém, onde os salários serão justos, onde cada um terá o direito a tudo o que o homem construiu, criou para a felicidade dos homens. É para isso que lutamos. Se não o conseguirmos, teremos faltado aos nossos deveres, não atingiremos o objectivo da nossa luta”. AMILCAR CABRAL

quinta-feira, 15 de maio de 2008

A FOME DOS AGRONEGÓCIOS


Por todo o mundo continuam a aumentar os preços dos alimentos e nos países mais vulneráveis acontecem situações intoleráveis como fomes, muitas vezes combinadas com secas ou inundações,
Diante da gravidade da crise, caem máscaras e esvaziam-se discursos, como a receita dos agrocombustíveis e dos supostos benefícios do livre comércio e da agricultura de exportação.
A receita da "ajuda alimentar" é mais uma vez um apoio encoberto às mesmas transnacionais, as quais tradicionalmente são aquelas que vendem ao Programa Mundial de Alimentos os cereais que "caridosamente" entregam aos famintos, com a condição de que eles mesmos não produzam os alimentos de que necessitam.
Os grandes ganhadores da crise alimentar são também actores centrais e grandes ganhadores na promoção dos agrocombustíveis: as transnacionais que açambarcam o comércio nacional e internacional de cereais, as empresas de sementes, os fabricantes de agrotóxicos.
Seis empresas controlam o total das sementes transgénicas do mundo, o que por acaso é também a solução que propõem a todos os novos problemas (que elas próprias foram a parte fundamental a provocar).
A Monsanto é a principal empresa de sementes comerciais e a quinta em agrotóxicos. A Bayer é a primeira em agrotóxicos e a sétima em sementes; a Syngenta a segunda em agrotóxicos e a terceira em sementes; a Dupont a segunda em sementes e a sexta em agrotóxicos. Juntamente com a BASF e a Dow (terceira e quarta em agrotóxicos). Confira aqui
IMAGEM DAQUI

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