Nós, da CONCP, queremos que nos nossos países martirizados durante séculos, humilhados, insultados, nunca possa reinar o insulto, e que nunca mais os nossos povos sejam explorados, não só pelos imperialistas, não só pelos europeus, não só pelas pessoas de pele branca, porque não confundimos a exploração ou os factores de exploração com a cor da pele dos homens; não queremos mais a exploração no nosso país, mesmo feita por negros. Lutamos para construir, nos nossos países, em Angola, em Moçambique, na Guiné, nas Ilhas de Cabo Verde, em S. Tomé, uma vida de felicidade, uma vida onde cada homem respeitará todos os homens, onde a disciplina não será imposta, onde não faltará o trabalho a ninguém, onde os salários serão justos, onde cada um terá o direito a tudo o que o homem construiu, criou para a felicidade dos homens. É para isso que lutamos. Se não o conseguirmos, teremos faltado aos nossos deveres, não atingiremos o objectivo da nossa luta”. AMILCAR CABRAL

domingo, 25 de maio de 2008

ÁFRICA DO SUL: MILHARES MANIFESTAM-SE CONTRA VIOLÊNCIA XENÓFOBA


Na África do Sul, milhares de pessoas saíram à rua para pedir o fim dos ataques a trabalhadores estrangeiros. Uma manifestação motivada pelo clima de tensão e violência que se tem vivido nas últimas semanas.
A manifestação em Joanesburgo juntou milhares de pessoas que exigiram o fim da violência xenófoba com cartazes onde se lia «A xenofobia dói como o apartheid» e «Somos contra a xenofobia» cortaram o trânsito automóvel no maior bairro comercial de Joanesburgo.
O presidente Thabo Mbeki, já considerou esta onda de violência «uma vergonha e uma humilhação» para o país.
A manifestação, organizada por organizações ligadas à igreja e a sindicatos, foi aplaudida ao passar por Hillbrow, bairro residencial pobre de Joanesburgo, onde vivem muitos imigrantes africanos.Confira aqui
Recorde-se que os distúrbios xenófobos que começaram em 12 do corrente mês em Alexandra, norte de Joanesburgo, já fizeram mais de 40 vítimas mortais. Mais de 16 mil pessoas ficaram sem abrigo e muitas centenas feridas com gravidade. O exército sul-africano começou quinta-feira a participar em operações de manutenção da ordem em vários pontos da África do Sul ao lado dos serviços de polícia (SAPS).

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