Nós, da CONCP, queremos que nos nossos países martirizados durante séculos, humilhados, insultados, nunca possa reinar o insulto, e que nunca mais os nossos povos sejam explorados, não só pelos imperialistas, não só pelos europeus, não só pelas pessoas de pele branca, porque não confundimos a exploração ou os factores de exploração com a cor da pele dos homens; não queremos mais a exploração no nosso país, mesmo feita por negros. Lutamos para construir, nos nossos países, em Angola, em Moçambique, na Guiné, nas Ilhas de Cabo Verde, em S. Tomé, uma vida de felicidade, uma vida onde cada homem respeitará todos os homens, onde a disciplina não será imposta, onde não faltará o trabalho a ninguém, onde os salários serão justos, onde cada um terá o direito a tudo o que o homem construiu, criou para a felicidade dos homens. É para isso que lutamos. Se não o conseguirmos, teremos faltado aos nossos deveres, não atingiremos o objectivo da nossa luta”. AMILCAR CABRAL

sábado, 24 de maio de 2008

UM MILHÃO DE PORTUGUESES VIVE COM MENOS DE 10 EUROS POR DIA

"Para a grande maioria da humanidade o problema de maior urgência não é o da guerra, nem o do comunismo, nem o do custo de vida, nem o dos impostos: é o problema da fome" (Harold Wilson)
Uma hábil mistura duma obsessiva penalização dos mais frágeis e um triunfalismo parolo dum governo que destruiu muitas das conquistas de Abril, resultou num empobrecimento crescente corroborado, agora, num relatório do Eurostat
Segundo o documento, um em cada dez portugueses vive com menos de dez euros por dia, que afirma também que Portugal é líder europeu nas desigualdades sociais.Portugal é o único país da Europa a 25 cuja diferença entre os mais ricos e os mais pobres ultrapassa os Estados Unidos. “Portugal distingue-se como sendo o país onde a repartição é mais desigual”, lê-se no documento.Dez por cento da população portuguesa vive com menos de 10 euros por dia. Na União Europeia a média não ultrapassa os cinco por cento.A pobreza atinge sobretudo crianças e reformados.
Mesmo entre a população não pobre, o estudo revela que quase 20 por cento dos portugueses confrontam-se com a falta de dinheiro para chegar ao fim do mês. Por isso o coordenador do estudo afirma que é necessário aumentar os ordenados e democratizar as empresas.Segundo o estudo, 61 por cento dos pobres não tem condições para manter a casa quente, 12 por cento não tem banheira ou chuveiro e 10 por cento nem sequer tem casa de banho. Confira aqui

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