Nós, da CONCP, queremos que nos nossos países martirizados durante séculos, humilhados, insultados, nunca possa reinar o insulto, e que nunca mais os nossos povos sejam explorados, não só pelos imperialistas, não só pelos europeus, não só pelas pessoas de pele branca, porque não confundimos a exploração ou os factores de exploração com a cor da pele dos homens; não queremos mais a exploração no nosso país, mesmo feita por negros. Lutamos para construir, nos nossos países, em Angola, em Moçambique, na Guiné, nas Ilhas de Cabo Verde, em S. Tomé, uma vida de felicidade, uma vida onde cada homem respeitará todos os homens, onde a disciplina não será imposta, onde não faltará o trabalho a ninguém, onde os salários serão justos, onde cada um terá o direito a tudo o que o homem construiu, criou para a felicidade dos homens. É para isso que lutamos. Se não o conseguirmos, teremos faltado aos nossos deveres, não atingiremos o objectivo da nossa luta”. AMILCAR CABRAL

sábado, 14 de junho de 2008

DERROTA NEOLIBERAL:IRLANDESES REPUDIAM TRATADO DE LISBOA


A vitória nesta sexta-feira do "NÃO", nos primeiros resultados parciais,do referendo irlandês sobre o Tratado de Lisboa coloca o neoliberalismo, no continente europeu ,num num beco sem saída
“Aquele que era desta feita o único referendo entre os 27 revelou-se, segundo todas as projecções, mais uma «consulta maldita» na história da UE, juntando-se na «galeria» aos «chumbos» de França e Holanda ao Tratado Constitucional em 2005, ao «não» da Dinamarca ao Tratado de Maastricht em 1992 e a outro «não» irlandês, em 2001, ao Tratado de Nice.
As semelhanças entre o «não» irlandês, de quinta-feira, ao Tratado de Lisboa, e o «não» de Holanda e França ao Tratado Constitucional, em Maio e Junho de 2005, são várias, ocorrendo em ambos os casos alguns meses depois de os líderes europeus terem assinado os Tratados e brindado com pompa e circunstância”(Lusa).
A alegação perversa que apenas uma pequena parte dos cidadão europeus votou NÃO, é uma gratuitidade, é uma falácia típica para quem faz da mistificação o seu modo operandis de estar na politica.
Os contorcionistas do costume já iniciaram a construção de uma teia susceptível de transformar em vitória numa derrota clara nas urnas. E aqui estamos apenas a falar do eleitorado irlandês. Os restantes foram empurrados para o quintal da Europa. Para os fundos, para os anexos.
Os amos irão brevemente redefinir as regras do jogo. Nós outros, os incapazes, os ignorantes, os cidadãos sem direitos , “resignados, imbecilizados, burros de carga, já nem com as orelhas somos capazes de sacudir as moscas” como diria Guerra Junqueiro
O Conselho Europeu, reúne-se na próxima semana,mas o desfecho da discussão, não deve levantar grandes dúvidas e conduzir ao isolamento da Irlanda, uma vez que mesmo a Inglaterra assumiu já que prosseguirá com a ratificação parlamentar

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