Nós, da CONCP, queremos que nos nossos países martirizados durante séculos, humilhados, insultados, nunca possa reinar o insulto, e que nunca mais os nossos povos sejam explorados, não só pelos imperialistas, não só pelos europeus, não só pelas pessoas de pele branca, porque não confundimos a exploração ou os factores de exploração com a cor da pele dos homens; não queremos mais a exploração no nosso país, mesmo feita por negros. Lutamos para construir, nos nossos países, em Angola, em Moçambique, na Guiné, nas Ilhas de Cabo Verde, em S. Tomé, uma vida de felicidade, uma vida onde cada homem respeitará todos os homens, onde a disciplina não será imposta, onde não faltará o trabalho a ninguém, onde os salários serão justos, onde cada um terá o direito a tudo o que o homem construiu, criou para a felicidade dos homens. É para isso que lutamos. Se não o conseguirmos, teremos faltado aos nossos deveres, não atingiremos o objectivo da nossa luta”. AMILCAR CABRAL

quarta-feira, 30 de julho de 2008

CRÍTICAS DE MILITANTES A JOSÉ SÓCRATES


Uma carta aberta foi publicada na última edição do Jornal do Centro, assinada por Joaquim Sarmento, Jorge Silva, João Botelho, Paula Rodrigues e Júlio Barbosa, militantes de base que contam assistir «angustiados ao triunfo crescente do neoliberalismo no interior do partido». Nela «apoiantes de Manuel Alegre» acusam José Sócrates de não promover a discussão interna.
«No PS, onde nada se debate, cada vez mais reduzido à participação dos que ocupam cargos políticos, há uma claustrofobia asfixiante. (…) É triste assistirmos ao silêncio cúmplice e em muitos casos de consonância com o 'status quo' de importantes personalidades socialistas cuja opinião é avalizada pelos cidadãos», pode ler-se no documento.
Os militantes socialistas criticam que as políticas sociais «vão sendo subordinadas à lógica do mais puro economicismo, destruindo o Serviço Nacional de Saúde, subvertendo o ideário da escola humanista e pública, desvalorizando o papel do professor e da formação cultural do aluno» e que a justiça esteja «um verdadeiro lodaçal, sendo uma trincheira dos que têm mais posses e mais meios, em detrimento das classes mais desfavorecidas».
Lembram que Portugal é «o país da Europa com a maior desigualdade na distribuição da sua riqueza», onde «mais de dois milhões de portugueses vivem no limiar da pobreza», atribuindo a esta situação «uma grande responsabilidade do actual Governo, cujas reformas, na óptica da obsessão da redução do défice, têm penalizado primordialmente os mais pobres e carenciados
».

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