O GRANDE CIRCO DE LONDRES: MUDAR ALGO PARA QUE NADA MUDE
Como era de se esperar, pouco ou nada de concreto saiu da reunião, em Londres, apesar dos esforços dos contorcionistas do sistema
Ficou estabelecido que o objectivo das reformas não seria outro senão o de voltar à situação anterior à da crise. Isso supõe que o que a causou não foram as contradições inerentes ao sistema capitalista, mas aquela "exuberante irracionalidade dos mercados" perdendo-se de vista que o capitalismo é por natureza exuberantemente irracional e que isso não se deve a um defeito psicológico dos agentes económicos, mas sim de que tem seus fundamentos na própria essência do modo de produção.
Não surpreende comprovar que o G-20 tenha decidido fortalecer o papel do FMI para liderar os esforços da recuperação, sendo o principal autor intelectual da crise actual. O FMI foi, e continua sendo, o principal veículo ideológico e político para a imposição do neoliberalismo à escala planetária. É uma tecnocracia perversa e imoral que recebe honorários exorbitantes (isentos de impostos!) e cuja pobreza intelectual foi muito bem resumida por Joseph Stiglitz, quando disse que o FMI estava lotado de "economistas de terceira formados em universidades de primeira".
O tema é grave demais para deixá-lo nas mãos do G-20 e seus especialistas. Por isso o presidente da Assembleia Geral da ONU, Miguel D’Escoto, disse que o necessário não era um G-20, mas um G-192, uma cúpula de todos os países, tendo-a convocado para Junho deste ano.
NOTA:Síntese dum trabalho publicado aqui
Ficou estabelecido que o objectivo das reformas não seria outro senão o de voltar à situação anterior à da crise. Isso supõe que o que a causou não foram as contradições inerentes ao sistema capitalista, mas aquela "exuberante irracionalidade dos mercados" perdendo-se de vista que o capitalismo é por natureza exuberantemente irracional e que isso não se deve a um defeito psicológico dos agentes económicos, mas sim de que tem seus fundamentos na própria essência do modo de produção.
Não surpreende comprovar que o G-20 tenha decidido fortalecer o papel do FMI para liderar os esforços da recuperação, sendo o principal autor intelectual da crise actual. O FMI foi, e continua sendo, o principal veículo ideológico e político para a imposição do neoliberalismo à escala planetária. É uma tecnocracia perversa e imoral que recebe honorários exorbitantes (isentos de impostos!) e cuja pobreza intelectual foi muito bem resumida por Joseph Stiglitz, quando disse que o FMI estava lotado de "economistas de terceira formados em universidades de primeira".
O tema é grave demais para deixá-lo nas mãos do G-20 e seus especialistas. Por isso o presidente da Assembleia Geral da ONU, Miguel D’Escoto, disse que o necessário não era um G-20, mas um G-192, uma cúpula de todos os países, tendo-a convocado para Junho deste ano.
NOTA:Síntese dum trabalho publicado aqui
Recomenda-se, também, a análise de Boaventura Santos (O que se decidiu em Londres foi garantir ao capital financeiro continuar a agir como tem agido nos últimos trinta anos. Ou seja, acumular lucros fabulosos nas épocas de prosperidade e contar, nas épocas de crise, com a “generosidade” dos contribuintes, desempregados, pensionistas roubados, famílias sem casa, garantida pelo Estado do Seu Bem Estar. )
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