Nós, da CONCP, queremos que nos nossos países martirizados durante séculos, humilhados, insultados, nunca possa reinar o insulto, e que nunca mais os nossos povos sejam explorados, não só pelos imperialistas, não só pelos europeus, não só pelas pessoas de pele branca, porque não confundimos a exploração ou os factores de exploração com a cor da pele dos homens; não queremos mais a exploração no nosso país, mesmo feita por negros. Lutamos para construir, nos nossos países, em Angola, em Moçambique, na Guiné, nas Ilhas de Cabo Verde, em S. Tomé, uma vida de felicidade, uma vida onde cada homem respeitará todos os homens, onde a disciplina não será imposta, onde não faltará o trabalho a ninguém, onde os salários serão justos, onde cada um terá o direito a tudo o que o homem construiu, criou para a felicidade dos homens. É para isso que lutamos. Se não o conseguirmos, teremos faltado aos nossos deveres, não atingiremos o objectivo da nossa luta”. AMILCAR CABRAL

segunda-feira, 18 de maio de 2009

BENEDETTI: POETA E RETRATISTA DA CLASSE MÉDIA E DOS BUROCRATAS

Mário Benedetti, poeta, romancista, contista, ensaísta, dramaturgo e crítico, que faleceu neste domingo em Montevideu aos 88 anos de idade, foi o mais prolífico expoente da literatura uruguaia, com obras traduzidas em vários idiomas.
Autor de dezenas de livros, Benedetti recebeu vários prémios literários, entre eles o Prémio Internacional Menéndez Pelayo, em 2005, o Prémio Rainha Sofia de Poesia Ibero-americana, em 1999 e o Prémio Ibero-americano José Martí, em 2001.
Em seus romances, Benedetti explora a natureza humana e retrata a classe média, em particular os burocratas, e em muitas ocasiões não disfarça nem dissimula seu compromisso político com os movimentos de esquerda.
Além de escritor, Benedetti foi dirigente político do Movimento 26 de Março, que fundou em 1971 junto com o Movimento de Libertação Nacional-Tupamaros. Foi também representante na Mesa Executiva da coalizão de esquerda Frente Ampla, actualmente no poder no Uruguai.

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