Nós, da CONCP, queremos que nos nossos países martirizados durante séculos, humilhados, insultados, nunca possa reinar o insulto, e que nunca mais os nossos povos sejam explorados, não só pelos imperialistas, não só pelos europeus, não só pelas pessoas de pele branca, porque não confundimos a exploração ou os factores de exploração com a cor da pele dos homens; não queremos mais a exploração no nosso país, mesmo feita por negros. Lutamos para construir, nos nossos países, em Angola, em Moçambique, na Guiné, nas Ilhas de Cabo Verde, em S. Tomé, uma vida de felicidade, uma vida onde cada homem respeitará todos os homens, onde a disciplina não será imposta, onde não faltará o trabalho a ninguém, onde os salários serão justos, onde cada um terá o direito a tudo o que o homem construiu, criou para a felicidade dos homens. É para isso que lutamos. Se não o conseguirmos, teremos faltado aos nossos deveres, não atingiremos o objectivo da nossa luta”. AMILCAR CABRAL

segunda-feira, 22 de junho de 2009

A MARCA DA MALDADE

Os mídia do Ocidente pregam continuamente sobre o atraso da "república islâmica" do Irão, em vários aspectos políticos e comportamentais (no que muitas vezes têm razão). Mas quase sempre omite o papel que os países líderes do Ocidente tiveram e têm nessa consolidação. É nessa moldura – em que o poder de facto está, não nas mãos do presidente da república, mas do corpo e do líder dos aiatolas – que aparece o espaço para um político de ambições próprias como Mohammad Ahmadinejad. ..
Quando os aiatolas deixaram de ser confiáveis e, além disso, se tornaram poderosos gestores de uma das grandes reservas de petróleo do mundo, o vizinho Iraque, de Saddam Hussein, voltou-se contra eles, e invadiu o Irão.
Nisto, contou com a nova simpatia dos norte-americanos, que não só o incentivaram, como lhe deram, através da CIA, armas químicas para usar contra os iranianos. Essa guerra, que durou de 1980 a 1988, provocou a morte de um milhão de iranianos…
Ahmadinejad conseguiu aproximar-se da população mais desvalida através de políticas compensatórias financiadas pelos dividendos do petróleo, quando foi governador da província de Ardabil e quando foi prefeito de Teerão. Quando ocupava esse último cargo, chegou a ser apontado para receber o título de “Prefeito do Mundo”, em 2005, da organização internacional “City Mayors”, com base em vários países da Europa e nos Estados Unidos.
A questão nuclear, no Irão, não é evidentemente, uma decisão apenas sua. Nada seria feito sem o carimbo dos aiatolas, ou sua bênção. A análise é de Flávio Aguiar,
aqui
APOSTILA: O importante para a comunidade internacional, isto é, para os EUA, UE e pouco mais, é que o Irão (Arábia Saudita, Colômbia, e tantos outros) seja um discipulo obediente! O resto, os direitos humanos, a democracia, etc, etc. são questões que lhes passam completamente ao lado. De ingénuos está o inferno cheio, não é mesmo?
Israel, França, Itália e Alemanha (tudo gente progressista e respeitadora dos direitos humanos) estão por detrás deste alarido!
Há ainda um texto, bem fundamentado, que vale a pena ler, aqui

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