Nós, da CONCP, queremos que nos nossos países martirizados durante séculos, humilhados, insultados, nunca possa reinar o insulto, e que nunca mais os nossos povos sejam explorados, não só pelos imperialistas, não só pelos europeus, não só pelas pessoas de pele branca, porque não confundimos a exploração ou os factores de exploração com a cor da pele dos homens; não queremos mais a exploração no nosso país, mesmo feita por negros. Lutamos para construir, nos nossos países, em Angola, em Moçambique, na Guiné, nas Ilhas de Cabo Verde, em S. Tomé, uma vida de felicidade, uma vida onde cada homem respeitará todos os homens, onde a disciplina não será imposta, onde não faltará o trabalho a ninguém, onde os salários serão justos, onde cada um terá o direito a tudo o que o homem construiu, criou para a felicidade dos homens. É para isso que lutamos. Se não o conseguirmos, teremos faltado aos nossos deveres, não atingiremos o objectivo da nossa luta”. AMILCAR CABRAL

domingo, 26 de julho de 2009

MOBLIZAÇÃO CONTRA O GOLPE NAS HONDURAS 28 DE JULHO, 19H, NO ROSSIO


Às organizações da sociedade civil portuguesa
A toda a cidadania
Chamada à mobilização contra o golpe militar nas Honduras e em solidariedade com o povo deste país
28 DE JULHO, 19 H, ROSSIO
As entidades abaixo referidas apelam à mobilização para um acto de protesto frente ao antigo Consulado das Honduras em Lisboa (Praça do Rossio, lado Oeste) à semelhança do que está a acontecer por todo o mundo. A concentração terá lugar no próximo dia 28 de Julho, terça-feira, pelas 19h, na Praça do Rossio. A pressão internacional é fundamental para reverter esta situação! O que está a acontecer nas Honduras, além de constituir inaceitáveis violações dos direitos humanos e da soberania do povo, pode contribuir para marcar o futuro da região e quaisquer tentativas de construção de um outro mundo que reclamamos possível e urgente.



No passado dia 28 de Junho, as Forças Armadas das Honduras executaram um golpe de Estado contra o governo de Manuel Zelaya, o qual estava a preparar uma consulta popular para perguntar às/aos hondurenhas/os se concordariam ou não com a convocatória de uma Assembleia Nacional Constituinte, cujo objectivo central seria elaborar uma nova Constituição com plena participação de todos/as os/as actores/as sociais do país.
Poucos dias depois do golpe, liderado pelo então presidente do Congresso Nacional, Roberto Micheletti -descrito pelos movimentos sociais hondurenhos como um fantoche da oligarquia- foi decretado o Estado de Sítio, procedendo-se à militarização das instituições e das principais cidades do país, à restrição drástica das comunicações internacionais e à intervenção de diversos meios de comunicação que não apoiam os golpistas. A ditadura iniciou uma forte repressão sobre os movimentos sociais e populares, tendo já havido numerosas detenções e mortes que têm sido denunciadas por entidades de defesa dos direitos humanos.
O que está a acontecer nas Honduras não é um facto isolado, faz parte duma estratégia conservadora que conta com a conivência, entre outros, dos Estados Unidos para garantir a continuidade do neoliberalismo na Améria Latina, face aos avanços de vários povos deste continente na defesa da sua soberania e de sistemas sociais mais justos e igualitários. Também não é um facto novo, pois infelizmente faz lembrar as sinistras ditaduras do “encerro, desterro, enterro” instauradas contra povos que ousaram questionar a estruturação injusta das sociedades e das relações internacionais.
Para travar este brutal esmagamento da esperança do povo hondurenho, está a consolidar-se uma grande resistência, com importante participação das mulheres, apesar da forte vigilância e repressão do novo governo golpista. Diariamente, manifestações populares, greves e outros actos de protesto sucedem-se por todo o país, tendo sido lançado um apelo à comunidade internacional para solidarizar-se com o povo das Honduras e mostrar com veemência o seu repúdio da ditadura e da brutal repressão iniciada desde o golpe militar.

O povo português não pode ficar indiferente perante estes factos!

APELAMOS À MOBILIZAÇÃO

Pelo reestabelecimento da democracia, sem derramamento de sangue!

Pelo fim da repressão contra o povo das Honduras!

Pelo direito dos povos a decidirem o seu destino!

Subscritores 24/ 07/ 2009

Acção Humanista Cooperação e Desenvolvimento

Abril – Associação Regional para a Democracia e o Desenvolvimento

AJPaz – Acção para a Justiça e Paz

Associação de Amizade Portugal-Cuba

Associação para o Desenvolvimento Rural de Lafões

Associação Lusofonia, Cultura e Cidadania

Associação Seres

ATTAC Portugal

Casa do Brasil de Lisboa

CGTP - IN

Colectivo Mumia Abu-Jamal

Colectivo Política Operária

Colectivo Revista Rubra

Conselho Português para a Paz e Cooperação

Coordenadora Portuguesa da Marcha Mundial das Mulheres

Federação Nacional dos Sindicatos dos/as Trabalhadores/as da Função Pública

Fórum pela Paz e pelos Direitos Humanos

Frente Anti-Racista

Mó de Vida – Cooperativa de Comércio Justo

Movimento Democrático de Mulheres

Não te prives – Grupo de Defesa dos Direitos Sexuais

Olho Vivo – Associação para a Defesa do Património, Ambiente e Direitos Humanos

Rede Portuguesa de Jovens para a Igualdade de Oportunidades entre Mulheres e Homens

Sindicato dos/as Trabalhadores/as da Agricultura e das Indústrias de Alimentação, Bebidas e Tabacos de Portugal

Sindicato dos/as Trabalhadores/as na Indústria de Hotelaria, Turismo, Restaurantes e Similares do Sul

Sindicatos dos/as Trabalhadores/as do Município de Lisboa

Solidariedade Imigrante – Associação para a Defesa dos Direitos das/os Imigrantes

SOS Racismo

UMAR – União de Mulheres Alternativa e Resposta

União dos Sindicatos de Lisboa

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