Nós, da CONCP, queremos que nos nossos países martirizados durante séculos, humilhados, insultados, nunca possa reinar o insulto, e que nunca mais os nossos povos sejam explorados, não só pelos imperialistas, não só pelos europeus, não só pelas pessoas de pele branca, porque não confundimos a exploração ou os factores de exploração com a cor da pele dos homens; não queremos mais a exploração no nosso país, mesmo feita por negros. Lutamos para construir, nos nossos países, em Angola, em Moçambique, na Guiné, nas Ilhas de Cabo Verde, em S. Tomé, uma vida de felicidade, uma vida onde cada homem respeitará todos os homens, onde a disciplina não será imposta, onde não faltará o trabalho a ninguém, onde os salários serão justos, onde cada um terá o direito a tudo o que o homem construiu, criou para a felicidade dos homens. É para isso que lutamos. Se não o conseguirmos, teremos faltado aos nossos deveres, não atingiremos o objectivo da nossa luta”. AMILCAR CABRAL

sábado, 8 de agosto de 2009

CIRCUNCISÃO FEMININA NA GUINÉ-BISSAU

O governo da Guiné-Bissau disse que quer reduzir para metade, até 2015, os casos de mutilação genital feminina no país.
Um relatório apresentado na segunda-feira, 3 de Agosto, à Comissão da ONU para Eliminação de Todas as Formas de Discriminação contra Mulheres, Cedaw, indica que 44% de mulheres e raparigas na Guiné-Bissau são vítimas de circuncisão feminina.
Além da mutilação genital, o relatório nota o aumento assustador de outras formas de violência contra mulheres, incluindo a escravatura e violação sexual e a violência doméstica.
"Sabemos que existem tabus que dizem que as mulheres devem ficar em casa para fazerem os trabalhos domésticos. Esses tabus ajudam o processo de discriminação impedindo as mulheres de alcançarem postos de decisão. Outros tabus culturais que impedem o avanço da mulher guineense são a mutilação genital feminina e o casamento precoce e forçado" afirmou a presidente do Instituto da Guiné-Bissau para a Mulher e Criança, Iracema do Rosário

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