SER OU NÃO DE ESQUERDA E A REPRODUÇÃO DA IDEOLOGIA DOMINANTE
O alarido em torno da “lateralidade” ideológica do PS surge como uma reivindicação dum espaço que não é, efectivamente, o seu. Não é a autoproclamação que converte o PS num partido de esquerda. A sua prática politica e governativa situam-se claramente à direita. Recorde-se o Código de Trabalho, a privatização de sectores estratégicos da economia e a crescente apropriação da Saúde, pelo sector privado.
O epíteto extrema-esquerda, muito ao gosto do PS, é mais um expediente, uma fuga para a frente, de quem experimenta uma dificuldade crescente em legitimar uma área ideológica que não é sua.
Partido da esquerda moderna e/ou democrática são eufemismos, são álibis e recursos linguísticos habilmente manipulados para justificarem a sua adesão a projectos e politicas neoliberais e penalizadoras da grande maioria dos cidadãos.
Finalmente, um ex-partido de inspiração marxista, que remeteu para a gaveta da história os princípios e valores caracterizadores dos ideais da esquerda, não pode ( não devia), por razões éticas e politicas, apresentar-se ao eleitorado, e ao País, como uma força social antisistémica.
Finalizo, recordando Mészáros: “a posição das ideologias conflituantes é decididamente assimétrica. As ideologias críticas, que procuram negar a ordem estabelecida, não podem sequer mistificar seus adversários pela simples razão de não terem nada a oferecer - nem mesmo subornos ou recompensas pela aceitação – àqueles já bem estabelecidos em suas posições de comando, conscientes de seus interesses imediato palpáveis. Portanto o poder de mistificação sobre o adversário é privilégio exclusivo da ideologia dominante”
O epíteto extrema-esquerda, muito ao gosto do PS, é mais um expediente, uma fuga para a frente, de quem experimenta uma dificuldade crescente em legitimar uma área ideológica que não é sua.
Partido da esquerda moderna e/ou democrática são eufemismos, são álibis e recursos linguísticos habilmente manipulados para justificarem a sua adesão a projectos e politicas neoliberais e penalizadoras da grande maioria dos cidadãos.
Finalmente, um ex-partido de inspiração marxista, que remeteu para a gaveta da história os princípios e valores caracterizadores dos ideais da esquerda, não pode ( não devia), por razões éticas e politicas, apresentar-se ao eleitorado, e ao País, como uma força social antisistémica.
Finalizo, recordando Mészáros: “a posição das ideologias conflituantes é decididamente assimétrica. As ideologias críticas, que procuram negar a ordem estabelecida, não podem sequer mistificar seus adversários pela simples razão de não terem nada a oferecer - nem mesmo subornos ou recompensas pela aceitação – àqueles já bem estabelecidos em suas posições de comando, conscientes de seus interesses imediato palpáveis. Portanto o poder de mistificação sobre o adversário é privilégio exclusivo da ideologia dominante”
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