Nós, da CONCP, queremos que nos nossos países martirizados durante séculos, humilhados, insultados, nunca possa reinar o insulto, e que nunca mais os nossos povos sejam explorados, não só pelos imperialistas, não só pelos europeus, não só pelas pessoas de pele branca, porque não confundimos a exploração ou os factores de exploração com a cor da pele dos homens; não queremos mais a exploração no nosso país, mesmo feita por negros. Lutamos para construir, nos nossos países, em Angola, em Moçambique, na Guiné, nas Ilhas de Cabo Verde, em S. Tomé, uma vida de felicidade, uma vida onde cada homem respeitará todos os homens, onde a disciplina não será imposta, onde não faltará o trabalho a ninguém, onde os salários serão justos, onde cada um terá o direito a tudo o que o homem construiu, criou para a felicidade dos homens. É para isso que lutamos. Se não o conseguirmos, teremos faltado aos nossos deveres, não atingiremos o objectivo da nossa luta”. AMILCAR CABRAL

sexta-feira, 16 de outubro de 2009

SÓCRATES E A MINORIA QUE O ELEGEU

“A base política da governação, essa foi a vontade expressa pelos portugueses, deve ser o programa político do PS", afirmou Sócrates.
Por uma questão de rigor, importa recordar que 63,44% dos portugueses, não votou Sócrates nem o programa apresentado pelo PS.
A vontade da grande maioria dos portugueses não aponta para o programa do PS.
Qual é a legitimidade ética do secretário geral dos socialistas chefiar um governo que foi rejeitado por 63,44% dos portugueses?
O descontentamento dos portugueses reflectiu-se nas urnas e se a isto não correspondem resultados práticos, deve-se aos contorcionismos jurídico-constitucionais deste tipo sui generis de democracia! Uma minoria decide que os portugueses devem subordinar-se a orientações politicas e a práticas governativas que condenam! Isto reporta-nos para conceitos kafkianos!
“A sociedade não se alicerça no direito. Isso é uma ficção legal. Pelo contrário, é o direito que tem a sua base na Sociedade. Deve exprimir os interesses e as necessidades da sociedade” (KM).
Quando as leis deixem de corresponder às condições sociais, não são mais do que papel inútil.

1 comentário:

Adriano Berger disse...

O mundo está mesmo de pernas para o ar... se essa é a democracia apresentada pelo governo português, defendida na ONU e encabeçada pelo poder libertador dos norte-americanos, tome cuidado!!! O ditador Saddan Hussein foi enforcado após ser perseguido e condenado pelo Rei das Américas por atitude anti-democrática junto ao sofrido povo iraquiano...

Sócrates pode estar correndo grande perigo se o critério e doutrina norte-americana for a mesma para todos os povos e nações.

O poder público é mesmo uma grande comédia trágica...

Grande abraço!
Adriano