Nós, da CONCP, queremos que nos nossos países martirizados durante séculos, humilhados, insultados, nunca possa reinar o insulto, e que nunca mais os nossos povos sejam explorados, não só pelos imperialistas, não só pelos europeus, não só pelas pessoas de pele branca, porque não confundimos a exploração ou os factores de exploração com a cor da pele dos homens; não queremos mais a exploração no nosso país, mesmo feita por negros. Lutamos para construir, nos nossos países, em Angola, em Moçambique, na Guiné, nas Ilhas de Cabo Verde, em S. Tomé, uma vida de felicidade, uma vida onde cada homem respeitará todos os homens, onde a disciplina não será imposta, onde não faltará o trabalho a ninguém, onde os salários serão justos, onde cada um terá o direito a tudo o que o homem construiu, criou para a felicidade dos homens. É para isso que lutamos. Se não o conseguirmos, teremos faltado aos nossos deveres, não atingiremos o objectivo da nossa luta”. AMILCAR CABRAL

domingo, 15 de novembro de 2009

OBAMA, HILLARY E A CRISE HONDURENHA

Pode-se dizer que Obama actuou com todas suas forças para resolver a crise hondurenha numa direção coerente com os imperativos da democracia e os direitos humanos? Definitivamente não. Suas iniciativas foram vacilantes, expressão das duas linhas que disputam a formulação de sua política exterior. Uma, reacionária até a medula e profundamente influenciada pelas necessidades e estratégias do complexo militar-industrial encontra em Hillary Clinton sua melhor porta-voz. Outra linha, muito mais difusa e dispersa, desejaria estabelecer relações mais respeitosas com os países da área ainda que isso implicasse abandonar a presunção hegemónica do passado, senão tão somente um certo adiamento da mesma, encontra seu principal representante no próprio Obama. Nesta luta o presidente se viu claramente superado por seus rivais que, desde o início, foram capazes de impor sua estratégia em relação à crise desatada em Honduras.(Leia aqui)
APOSTILA:Chávez, Correia e Morales, ao contrário, são populistas e autoritários, perigosos para seus vizinhos porque promovem diversas reformas sociais e plantam as sementes da discórdia em seus respectivos países. Aqui aparece uma vez mais a velha e falsa teoria conservadora que concebe a luta de classes não como produto das contradições sociais inerentes ao capitalismo, senão como a obra de um agente perverso que, dotado de imensos poderes, introduz o vírus do ódio e o conflito nas sociedades que antes de sua nefasta aparição sobressaíam pela harmonia de suas relações sociais.

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