OBAMA, HILLARY E A CRISE HONDURENHA
Pode-se dizer que Obama actuou com todas suas forças para resolver a crise hondurenha numa direção coerente com os imperativos da democracia e os direitos humanos? Definitivamente não. Suas iniciativas foram vacilantes, expressão das duas linhas que disputam a formulação de sua política exterior. Uma, reacionária até a medula e profundamente influenciada pelas necessidades e estratégias do complexo militar-industrial encontra em Hillary Clinton sua melhor porta-voz. Outra linha, muito mais difusa e dispersa, desejaria estabelecer relações mais respeitosas com os países da área ainda que isso implicasse abandonar a presunção hegemónica do passado, senão tão somente um certo adiamento da mesma, encontra seu principal representante no próprio Obama. Nesta luta o presidente se viu claramente superado por seus rivais que, desde o início, foram capazes de impor sua estratégia em relação à crise desatada em Honduras.(Leia aqui)
APOSTILA:Chávez, Correia e Morales, ao contrário, são populistas e autoritários, perigosos para seus vizinhos porque promovem diversas reformas sociais e plantam as sementes da discórdia em seus respectivos países. Aqui aparece uma vez mais a velha e falsa teoria conservadora que concebe a luta de classes não como produto das contradições sociais inerentes ao capitalismo, senão como a obra de um agente perverso que, dotado de imensos poderes, introduz o vírus do ódio e o conflito nas sociedades que antes de sua nefasta aparição sobressaíam pela harmonia de suas relações sociais.
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