QUEM TEM DIREITO À SOBERANIA NUCLEAR?
O presidente brasileiro colocou o dedo na ferida ao questionar a legitimidade dos países que detêm o monopólio da bomba para se apresentarem como críticos do governo de Teerão.
Quem possui autoridade para determinar quais os países que podem , ou não, ingressar no clube atómico ? Por exemplo, por que o Irão deve ser pressionado a abrir mão de seus projectos e Israel merece tolerância? A que lógica obedece essa discriminação? Não há qualquer sensatez, é evidente, em se apostar na disseminação do poderio nuclear como caminho para a paz. Mas a renúncia unilateral ou forçada à soberania atómica, nos termos actuais, significaria aceitar como imutável a geopolítica da supremacia.
A Casa Branca pode, nos últimos vinte anos, comandar guerras de dominação ou ocupação que possivelmente seriam inviáveis no passado. Apenas para lembrarmos os factos mais notórios: os processos de pacificação da Jugoslávia, do Iraque e do Afeganistão, teriam ocorrido na era da bipolaridade?
O desequilíbrio bélico a favor de Israel, apesar desse país até hoje ter se recusado a assinar o tratado de não-proliferação, é pedra angular na política norte-americana.
A fragilidade defensiva e ofensiva de palestinos e países árabes, além do Irã, garante ao sionismo não apenas a segurança das fronteiras israelitas como também a execução de uma política expansionista praticamente ilimitada. O desequilíbrio militar, afinal, é uma premissa para a hegemonia imperialista.
O acordo desejável, em matéria nuclear, deve ser baseado na igualdade de todas as nações perante a lei internacional. O oposto é o reino da hipocrisia. (síntese dum artigo de Breno Altman)
Quem possui autoridade para determinar quais os países que podem , ou não, ingressar no clube atómico ? Por exemplo, por que o Irão deve ser pressionado a abrir mão de seus projectos e Israel merece tolerância? A que lógica obedece essa discriminação? Não há qualquer sensatez, é evidente, em se apostar na disseminação do poderio nuclear como caminho para a paz. Mas a renúncia unilateral ou forçada à soberania atómica, nos termos actuais, significaria aceitar como imutável a geopolítica da supremacia.
A Casa Branca pode, nos últimos vinte anos, comandar guerras de dominação ou ocupação que possivelmente seriam inviáveis no passado. Apenas para lembrarmos os factos mais notórios: os processos de pacificação da Jugoslávia, do Iraque e do Afeganistão, teriam ocorrido na era da bipolaridade?
O desequilíbrio bélico a favor de Israel, apesar desse país até hoje ter se recusado a assinar o tratado de não-proliferação, é pedra angular na política norte-americana.
A fragilidade defensiva e ofensiva de palestinos e países árabes, além do Irã, garante ao sionismo não apenas a segurança das fronteiras israelitas como também a execução de uma política expansionista praticamente ilimitada. O desequilíbrio militar, afinal, é uma premissa para a hegemonia imperialista.
O acordo desejável, em matéria nuclear, deve ser baseado na igualdade de todas as nações perante a lei internacional. O oposto é o reino da hipocrisia. (síntese dum artigo de Breno Altman)
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