Nós, da CONCP, queremos que nos nossos países martirizados durante séculos, humilhados, insultados, nunca possa reinar o insulto, e que nunca mais os nossos povos sejam explorados, não só pelos imperialistas, não só pelos europeus, não só pelas pessoas de pele branca, porque não confundimos a exploração ou os factores de exploração com a cor da pele dos homens; não queremos mais a exploração no nosso país, mesmo feita por negros. Lutamos para construir, nos nossos países, em Angola, em Moçambique, na Guiné, nas Ilhas de Cabo Verde, em S. Tomé, uma vida de felicidade, uma vida onde cada homem respeitará todos os homens, onde a disciplina não será imposta, onde não faltará o trabalho a ninguém, onde os salários serão justos, onde cada um terá o direito a tudo o que o homem construiu, criou para a felicidade dos homens. É para isso que lutamos. Se não o conseguirmos, teremos faltado aos nossos deveres, não atingiremos o objectivo da nossa luta”. AMILCAR CABRAL

sábado, 19 de junho de 2010

A CAMINHO DO TRABALHO FORÇADO

PASSOS COELHO

Enquanto o "pagode" se diverte com o mundial de futebol e vê a sua atenção desviada para coisas menores como saber se Sócrates mentiu ao parlamento sobre o imbróglio PT/TVI, o PSD trata de avançar naquilo que realmente importa ao grande patronato. Depois pôr na agenda a revisão futura da constituição, ter inspirado e dado o aval ao mais recente pacote anti-crise, agravando as medidas do anterior, mesmo antes de terem sido postas em prática, agora levou à Assembleia da República um conjunto de medidas "de combate ao desemprego" que se forem aprovadas reduzem a nada os cada vez mais escassos e formais direitos dos trabalhadores deixando-os completamente à mercê da dos caprichos e da vontade discricionária do patronato. Concretamente: a vigência dos contratos a prazo alarga-se dos actuais 18 meses para os quatro anos; a sua renovação passa a ser ilimitada (o que significa que deixam de haver contratos de trabalho efectivos, passando a só haver trabalho precário).

Nota: escrito por António Barata em Kaos en la Red

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