Nós, da CONCP, queremos que nos nossos países martirizados durante séculos, humilhados, insultados, nunca possa reinar o insulto, e que nunca mais os nossos povos sejam explorados, não só pelos imperialistas, não só pelos europeus, não só pelas pessoas de pele branca, porque não confundimos a exploração ou os factores de exploração com a cor da pele dos homens; não queremos mais a exploração no nosso país, mesmo feita por negros. Lutamos para construir, nos nossos países, em Angola, em Moçambique, na Guiné, nas Ilhas de Cabo Verde, em S. Tomé, uma vida de felicidade, uma vida onde cada homem respeitará todos os homens, onde a disciplina não será imposta, onde não faltará o trabalho a ninguém, onde os salários serão justos, onde cada um terá o direito a tudo o que o homem construiu, criou para a felicidade dos homens. É para isso que lutamos. Se não o conseguirmos, teremos faltado aos nossos deveres, não atingiremos o objectivo da nossa luta”. AMILCAR CABRAL

quarta-feira, 22 de dezembro de 2010

É NATAL

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Nem é raro tão pouco que as crianças – ao verem tantas coisas atrozes – acabem por crer realmente que o menino Jesus não nasceu em Belém mas sim nos Estados Unidos.( Gabriel García Márquez)



Nas ruas agitam-se as promoções

os descontos e as liquidações

o consumismo reaparece

a crise, suspende-se

naturaliza-se a miséria

promovem-se jantares

distribuem-se uns cobertores

bolo-rei e uns sorrisos

na margem esquerda da vida

escava-se na sombra da miséria

sem-abrigo, refugiados,

vítimas da guerra

e seus desvarios

num natal de reaccionários

Poema retirado daqui

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