Nós, da CONCP, queremos que nos nossos países martirizados durante séculos, humilhados, insultados, nunca possa reinar o insulto, e que nunca mais os nossos povos sejam explorados, não só pelos imperialistas, não só pelos europeus, não só pelas pessoas de pele branca, porque não confundimos a exploração ou os factores de exploração com a cor da pele dos homens; não queremos mais a exploração no nosso país, mesmo feita por negros. Lutamos para construir, nos nossos países, em Angola, em Moçambique, na Guiné, nas Ilhas de Cabo Verde, em S. Tomé, uma vida de felicidade, uma vida onde cada homem respeitará todos os homens, onde a disciplina não será imposta, onde não faltará o trabalho a ninguém, onde os salários serão justos, onde cada um terá o direito a tudo o que o homem construiu, criou para a felicidade dos homens. É para isso que lutamos. Se não o conseguirmos, teremos faltado aos nossos deveres, não atingiremos o objectivo da nossa luta”. AMILCAR CABRAL

sexta-feira, 4 de fevereiro de 2011

“EU SOU ÁFRICA” ESTREIA SÁBADO NA RTP2

EU SOU ÁFRICA

A RTP2 estreia no próximo sábado, dia 5 de Fevereiro, «Eu Sou África», às 19:00 horas, uma série documental, de dez episódios, na qual cada um retrata a vida e a obra de uma africana ou africano implicado na história e no desenvolvimento social, político e cultural do país onde nasceu. A realização dos 10 episódios de «Eu Sou África» teve o apoio do Instituto Camões.
Cada dois capítulos são dedicados a um dos Países Africanos de Língua Oficial Portuguesa (PALOP), designadamente Angola, Moçambique, Cabo Verde, Guiné-Bissau e São Tomé e Príncipe, desvendando dez heróis desconhecidos do grande público e desfazendo os lugares comuns relativamente a cada um destes países.
O primeiro programa dá destaque a Luzia Sebastião, que estava no sexto ano quando deixou o liceu para entrar na guerra de libertação. «Os tantos anos de guerra que Angola viveu ensinaram-lhe que se deviam ter sentado a tempo de reconhecer os erros de parte a parte», avança a sinopse. «Vamos ouvi-la falar de justiça, do sistema de direito herdado de Portugal, da Constituição que vinha de 1992 e que, em 2010, foi alterada, dos direitos das mulheres e dos desafios de governação», continua o canal.
«Veremos também esta supermulher no seu lar de fim-de-semana, nos arredores de Luanda, com um neto ao colo e uma família que vai chegando para o almoço e ocupa dois sofás inteiros. Luzia acredita nas novas gerações e tem vocação para leccionar. Relembra os tempos em que as crianças se sentavam em latas de leite e punham os cadernos nos joelhos para escrever. Sabe que ainda há muito a melhorar. A sua geração viveu na expectativa de um desenvolvimento que demora a acontecer, mas acredita na capacidade de resistência dos angolanos e num futuro melhor para a sua terra», conclui o comunicado de imprensa.

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