ÁFRICA HOJE
As classes dirigentes que perderam sua legitimidade tentam reconstruí-la sobre outras bases, bases demagógicas. Eles utilizam algo que já existe, como a etnicidade ou a religião, mas que não era um facto primordial, um facto que determinasse posições ou atitudes fundamentais e as relações entre as comunidades.
Ao mesmo tempo, é ai que entra em jogo a estratégia imperialista da democracia,ou seja, diz-se que o que faliu foi o partido único e que basta ter um pluralismo de partidos e eleições para que o problema se resolva, sob a condição de que ao mesmo tempo se aceite o mercado e com isso o ajuste estrutural, a inserção na lógica do mercado etc. Então, de um lado, está a submissão ao mercado e, do outro,como compensação, a adopção de um mínimo de democracia que se limita praticamente ao pluralismo de partidos e de um mínimo de respeito, de aceitação da pluralidade política e de expressão.
Essa é a crise atual do Continente. Essa degradação se manifesta numa estagnação e mesmo num recuo económico nos últimos anos ( África Hoje na Visão de Samir Amin). Confira aqui
NOTA: Sobre o neoliberalismo criámos um blogue: "Condenado à Liberdade"
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