Nós, da CONCP, queremos que nos nossos países martirizados durante séculos, humilhados, insultados, nunca possa reinar o insulto, e que nunca mais os nossos povos sejam explorados, não só pelos imperialistas, não só pelos europeus, não só pelas pessoas de pele branca, porque não confundimos a exploração ou os factores de exploração com a cor da pele dos homens; não queremos mais a exploração no nosso país, mesmo feita por negros. Lutamos para construir, nos nossos países, em Angola, em Moçambique, na Guiné, nas Ilhas de Cabo Verde, em S. Tomé, uma vida de felicidade, uma vida onde cada homem respeitará todos os homens, onde a disciplina não será imposta, onde não faltará o trabalho a ninguém, onde os salários serão justos, onde cada um terá o direito a tudo o que o homem construiu, criou para a felicidade dos homens. É para isso que lutamos. Se não o conseguirmos, teremos faltado aos nossos deveres, não atingiremos o objectivo da nossa luta”. AMILCAR CABRAL

quinta-feira, 16 de fevereiro de 2012

ÁFRICA HOJE


As classes dirigentes que perderam sua legitimidade tentam reconstruí-la sobre outras bases, bases demagógicas. Eles utilizam algo que já existe, como a etnicidade ou a religião, mas que não era um facto primordial, um facto que determinasse posições ou atitudes fundamentais e as relações entre as comunidades.
Ao mesmo tempo, é ai que entra em jogo a estratégia imperialista da democracia,ou seja, diz-se que o que faliu foi o partido único e que basta ter um pluralismo de partidos e eleições para que o problema se resolva, sob a condição de que ao mesmo tempo se aceite o mercado e com isso o ajuste estrutural, a inserção na lógica do mercado etc. Então, de um lado, está a submissão ao mercado e, do outro,como compensação, a adopção de um mínimo de democracia que se limita praticamente ao pluralismo de partidos e de um mínimo de respeito, de aceitação da pluralidade política e de expressão.
Essa é a crise atual do Continente. Essa degradação se manifesta numa estagnação e mesmo num recuo económico nos últimos anos ( África Hoje na Visão de Samir Amin). Confira aqui
 
NOTA: Sobre o neoliberalismo criámos um blogue: "Condenado à Liberdade"

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