UMA CANJA PARA A JONET
As declarações aviltantes da presidente do Banco Alimentar Contra a
Fome, Isabel Jonet, desencadearam uma violenta onda de protestos, nomeadamente do Movimento Sem Emprego
Caríssima
Isabel Jonet,
“gostaríamos
de lhe dizer frontalmente, com o mínimo de mediações, que o nível das suas
declarações é aviltante, sobretudo para aqueles com quem se diz preocupar e em
nome dos quais desfruta o brunch da
beneficência. Queremos dizer-lhe, antes de lhe devolver cada um dos insultos
para citar nas vernissages, que o movimento que lhe escreve luta
sobretudo para que ninguém se habitue ao empobrecimento. O nosso combate, todos
os dias, é pelo pleno emprego e pela justa distribuição do trabalho, única via
que identificamos para não ter que contar com o seu negócio a cada vez que
falta capital ao mês. Fala-lhe um grupo de pessoas, jovens e menos jovens,
desempregados, precários, sub-empregados, gente que se empenha quotidianamente
para derrotar quem, como a senhora e a Merkel, insiste em mascarar de caridade
o saque que estão a fazer às nossas vidas…
… O mundo
de Jonet é o mundo da classe dominante, do privilégio, da riqueza, do poder
desmesurado, dos estereótipos que ajudam a lavar o sangue que lhe escorre das
unhas. No mundo de Jonet, as PPPs, os submarinos, a exploração, o assalto dos
governantes, são propaganda subversiva ao serviço de gente acomodada, inútil,
descartável. No mundo de Jonet "não existe miséria" como "em
Portugal", não é assim? Em suma, no mundo de Jonet não se vive o que é preciso
para se ganhar um pingo de vergonha.” (excerto duma carta do site “MovimentoSem Emprego”
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