Nós, da CONCP, queremos que nos nossos países martirizados durante séculos, humilhados, insultados, nunca possa reinar o insulto, e que nunca mais os nossos povos sejam explorados, não só pelos imperialistas, não só pelos europeus, não só pelas pessoas de pele branca, porque não confundimos a exploração ou os factores de exploração com a cor da pele dos homens; não queremos mais a exploração no nosso país, mesmo feita por negros. Lutamos para construir, nos nossos países, em Angola, em Moçambique, na Guiné, nas Ilhas de Cabo Verde, em S. Tomé, uma vida de felicidade, uma vida onde cada homem respeitará todos os homens, onde a disciplina não será imposta, onde não faltará o trabalho a ninguém, onde os salários serão justos, onde cada um terá o direito a tudo o que o homem construiu, criou para a felicidade dos homens. É para isso que lutamos. Se não o conseguirmos, teremos faltado aos nossos deveres, não atingiremos o objectivo da nossa luta”. AMILCAR CABRAL

terça-feira, 25 de novembro de 2014

IDEOLOGIA DO CONSENSO (11)




Os “teóricos” e defensores do neoliberalismo, esforçam-se por dissimular as suas opções ideológicas. Quando se sentem encurralados, em nome de uma certa liberdade, de uma espécie de liberdade formal que permite institucionalizar a exploração dos homens por outros homens, evocam os “superiores interesses do país” e desenvolvem a apologética da austeridade, o fim das ideologias e os contorcionismos verbais como a terapêutica de choque utilizada por ideólogos blindados ante o retrocesso social que eles próprios provocaram.
Confundem autoridade com autoritarismo, democracia com pensamento único, determinação com arrogância, precariedade com fretes ao grande capital, segurança social com companhias de seguros e/ou instituições de caridade, desenvolvimento com crescimento dos lucros da banca, com as parcerias público privadas, SNS com privatização da saúde, com a destruição de conquistas resultantes de décadas de lutas

Em nome da modernização (leia-se do capitalismo, em especial do financeiro) os novos Senhores e as classes que os rodeiam, apropriam-se da linguagem e do raciocínio de quem se situa na outra margem ideológica e esforçam-se por recuperar quem os critica. É a demagogia a retalho.

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