Nós, da CONCP, queremos que nos nossos países martirizados durante séculos, humilhados, insultados, nunca possa reinar o insulto, e que nunca mais os nossos povos sejam explorados, não só pelos imperialistas, não só pelos europeus, não só pelas pessoas de pele branca, porque não confundimos a exploração ou os factores de exploração com a cor da pele dos homens; não queremos mais a exploração no nosso país, mesmo feita por negros. Lutamos para construir, nos nossos países, em Angola, em Moçambique, na Guiné, nas Ilhas de Cabo Verde, em S. Tomé, uma vida de felicidade, uma vida onde cada homem respeitará todos os homens, onde a disciplina não será imposta, onde não faltará o trabalho a ninguém, onde os salários serão justos, onde cada um terá o direito a tudo o que o homem construiu, criou para a felicidade dos homens. É para isso que lutamos. Se não o conseguirmos, teremos faltado aos nossos deveres, não atingiremos o objectivo da nossa luta”. AMILCAR CABRAL

quarta-feira, 25 de julho de 2007

MÉDICOS AMERICANOS LICENCIADOS EM CUBA


Médicos dos EUA contornam embargo e se formam em Cuba
Michael Voss - De Havana

Escola Latino-Americana de Cuba, em Havana
Segundo Cuba, escola recebe 5 mil estrangeiros de 25 países
Oito estudantes americanos se formaram na Escola Latino-Americana de Medicina, em Havana.
Os jovens, todos de famílias pobres, passaram seis anos estudando medicina na ilha, com bolsas de estudo do governo cubano, que incluíam as aulas, os livros-texto, a comida e a acomodação.
Como pagamento, os médicos devem regressar a suas comunidades nos Estados Unidos e oferecer serviços assistenciais de baixo custo aos que necessitarem.
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O vice-presidente cubano, Carlos Lage, estava no palco para a cerimônia de graduação no teatro Karl Marx, em Havana.
Como centenas de outros estudantes em toda a América Latina e África, os oito estudantes, que não tinham como pagar por seu treinamento nos Estados Unidos, receberam bolsas integrais de Cuba.
"Recebemos tudo, dos livros aos uniformes. As condições são que voltemos às nossas comunidades, onde quer que sejamos úteis, e que providenciemos atendimento à saúde", disse Evelyn Erickson, de Nova York.
"E é isso que queremos, estamos ansiosos por começar."
Exceção
Os estudantes vieram a Cuba graças a um acordo entre o presidente cubano, Fidel Castro, e membros do bloco de legisladores negros do Congresso americano.
Em outras circunstâncias, cidadãos americanos são legalmente proibidos de visitar Cuba.
Segundo as autoridades cubanas, mais de 80 jovens americanos estão estudando na Escola Latino-Americana de Medicina, cujos diplomas são reconhecidos pela Organização Mundial da Saúde (OMS).
Nos últimos anos, o sistema gratuito de saúde pública de Cuba ganhou reconhecimento internacional pela qualidade e se converteu em uma ferramenta crucial para a política exterior cubana, capaz de ganhar simpatias no mundo em desenvolvimento, em especial na América Latina e na África.
O governo tem enviado milhares de médicos cubanos ao exterior para ajudar algumas das comunidades mais pobres do mundo.
Outro grande contingente de jovens estrangeiros se forma na ilha.
Segundo o jornal Granma, órgão oficial do Partido Comunista cubano, mais de 5 mil jovens de 25 países estudam medicina em Cuba.

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