Nós, da CONCP, queremos que nos nossos países martirizados durante séculos, humilhados, insultados, nunca possa reinar o insulto, e que nunca mais os nossos povos sejam explorados, não só pelos imperialistas, não só pelos europeus, não só pelas pessoas de pele branca, porque não confundimos a exploração ou os factores de exploração com a cor da pele dos homens; não queremos mais a exploração no nosso país, mesmo feita por negros. Lutamos para construir, nos nossos países, em Angola, em Moçambique, na Guiné, nas Ilhas de Cabo Verde, em S. Tomé, uma vida de felicidade, uma vida onde cada homem respeitará todos os homens, onde a disciplina não será imposta, onde não faltará o trabalho a ninguém, onde os salários serão justos, onde cada um terá o direito a tudo o que o homem construiu, criou para a felicidade dos homens. É para isso que lutamos. Se não o conseguirmos, teremos faltado aos nossos deveres, não atingiremos o objectivo da nossa luta”. AMILCAR CABRAL

quarta-feira, 25 de julho de 2007

RECUPERAR O DESTINO


Há dois lados na divisão internacional do trabalho: um em que alguns países se especializam em ganhar, e outro em que se especializam em perder.A nossa região do mundo, a que hoje chamamos América Latina, foi precoce: especializou-se em perder desde os remotos tempos em que os europeus do Renascimento se abalançaram pelo mar e lhe fincaram os dentes na garganta......
....Recuperar os bens que sempre foram usurpados equivale a recuperar o destino...
...Na América Latina é mais higiénico e eficaz matar os guerrilheiros nos úteros que nas serras ou nas ruas....(in As Veias Abertas da América Latina de Eduardo Galeano)

...Josué de Castro declara: Eu, que recebi um prémio internacional da paz, penso que, infelizmente, não há outra solução senão a violência para a América Latina
obra citada de E. Galeano)

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