Nós, da CONCP, queremos que nos nossos países martirizados durante séculos, humilhados, insultados, nunca possa reinar o insulto, e que nunca mais os nossos povos sejam explorados, não só pelos imperialistas, não só pelos europeus, não só pelas pessoas de pele branca, porque não confundimos a exploração ou os factores de exploração com a cor da pele dos homens; não queremos mais a exploração no nosso país, mesmo feita por negros. Lutamos para construir, nos nossos países, em Angola, em Moçambique, na Guiné, nas Ilhas de Cabo Verde, em S. Tomé, uma vida de felicidade, uma vida onde cada homem respeitará todos os homens, onde a disciplina não será imposta, onde não faltará o trabalho a ninguém, onde os salários serão justos, onde cada um terá o direito a tudo o que o homem construiu, criou para a felicidade dos homens. É para isso que lutamos. Se não o conseguirmos, teremos faltado aos nossos deveres, não atingiremos o objectivo da nossa luta”. AMILCAR CABRAL

terça-feira, 24 de julho de 2007

A DESRESPONSABILIZAÇÃO


A culpa foi de tudo e de todos.Menos nossa.É verdade que os outros tiveram a sua dose de culpa do nosso sofrimento.Mas parte da responsabilidade sempre morou dentro de casa.
Estamos sendo vítimas de um longo processo de desresponsabilização.Esta lavagem de mãos tem sido estimulada por algumas élites africanas que querem permanecer na impunidade. Os culpados estão à partida encontrados: são os outros, os da outra etnia, os da outra raça, os da outra geografia...
...A desresponsabilização é um dos estigmas mais graves que pesa sobre nós, africanos de Norte a Sul (in Os 7 sapatos sujos de Mia Couto)

Sem comentários: