Nós, da CONCP, queremos que nos nossos países martirizados durante séculos, humilhados, insultados, nunca possa reinar o insulto, e que nunca mais os nossos povos sejam explorados, não só pelos imperialistas, não só pelos europeus, não só pelas pessoas de pele branca, porque não confundimos a exploração ou os factores de exploração com a cor da pele dos homens; não queremos mais a exploração no nosso país, mesmo feita por negros. Lutamos para construir, nos nossos países, em Angola, em Moçambique, na Guiné, nas Ilhas de Cabo Verde, em S. Tomé, uma vida de felicidade, uma vida onde cada homem respeitará todos os homens, onde a disciplina não será imposta, onde não faltará o trabalho a ninguém, onde os salários serão justos, onde cada um terá o direito a tudo o que o homem construiu, criou para a felicidade dos homens. É para isso que lutamos. Se não o conseguirmos, teremos faltado aos nossos deveres, não atingiremos o objectivo da nossa luta”. AMILCAR CABRAL

quinta-feira, 23 de agosto de 2007

NORIEGA PODERÁ SER EXTRADITADO PARA FRANÇA



Manuel Noriega está preso em Miami por tráfico de drogas
Um juiz federal dos Estados Unidos negou o pedido para impedir que o ex-líder do Panamá, Manuel Noriega, seja extraditado para a França, país onde foi condenado à revelia a 10 anos de prisão por lavagem de dinheiro.
Desde 1992, Noriega, de 72 anos, está preso em Miami, onde cumpre sentença por tráfico de drogas.
O ex-líder militar foi preso na invasão americana ao Panamá, em 1989, e se tornou prisioneiro de guerra nos Estados Unidos.
O juiz William Hoeveler rejeitou os argumentos da defesa de que, como prisioneiro de guerra, Noriega deveria ser deportado para seu país de origem quando for libertado.
Noriega deverá deixar a prisão em Miami no dia 9 de setembro, antes do prazo final de sua sentença, por bom comportamento.
Segundo os advogados de Noriega, o benefício da deportação para seu país de origem está previsto na Convenção de Genebra.
Em sua decisão, de 12 páginas, o juiz disse que o status de Noriega, como prisioneiro de guerra, não deve "protegê-lo de futuros processos por crimes sérios dos quais ele é acusado" e determinou que o processo de extradição pode seguir seu curso.
Decepção
O advogado de Noriega, Frank Rubino, disse que seu cliente ficou "muito decepcionado" com a decisão.
"Ele (Noriega) esperava que o juiz fizesse a coisa certa e o mandasse de volta ao Panamá, seu país, e ele está completamente decepcionado", disse Rubino.
Na terça-feira, Noriega deverá comparecer perante o juiz William Turnoff, que analisa o processo de extradição para a França.
Desde que ficou decidida a libertação de Noriega da prisão na Flórida, há um intenso debate para decidir o próximo destino do ex-líder panamenho.
O condenação da Justiça francesa é de 1999. Ele foi condenado por abrir contas em bancos e comprar imóveis luxuosos em Paris com dinheiro proveniente do tráfico de drogas.
O presidente do Panamá, Martin Torrijos, já declarou que gostaria que Noriega voltasse ao país, onde também enfrenta vários processos por corrupção e pelo assassinato de um adversário político em 1985.
De aliado a inimigo
Noriega já foi um dos principais aliados de Washington na América Latina e tinha laços estreitos com os então presidentes americanos Ronald Reagan e George Bush (pai do atual presidente, George W. Bush).
O líder militar panamenho era visto pelo governo americano como um aliado na luta contra o comunismo e o tráfico de drogas na região.
No entanto, em 1988, um tribunal na Flórida acusou Noriega de ajudar traficantes de drogas colombianos a enviar toneladas de cocaína para os Estados Unidos.
A Casa Branca, então, acrescentou àquela acusação outras duas, de fraude eleitoral e violação dos direitos humanos.
Os Estados Unidos acabaram invadindo o Panamá em 1989, em um conflito que matou, segundo algumas estimativas, cerca de 4 mil civis panamenhos.

Breve: A postura dos americanos já vem de longe. Invade-se um país, prende-se o seu presidente e garante-se-lhe hospedagem nos USA.Esta atitude é um desrespeito completo pelo direito internacional independentemente de Noriega ser ou não (parece que é) um pulha
Que amigos que eles eram! A história repete-se. Depois de Noriega, uns anos mais tarde surge na arena outro velho amigo:
Bin Laden.Mais comentários para quê?

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