Nós, da CONCP, queremos que nos nossos países martirizados durante séculos, humilhados, insultados, nunca possa reinar o insulto, e que nunca mais os nossos povos sejam explorados, não só pelos imperialistas, não só pelos europeus, não só pelas pessoas de pele branca, porque não confundimos a exploração ou os factores de exploração com a cor da pele dos homens; não queremos mais a exploração no nosso país, mesmo feita por negros. Lutamos para construir, nos nossos países, em Angola, em Moçambique, na Guiné, nas Ilhas de Cabo Verde, em S. Tomé, uma vida de felicidade, uma vida onde cada homem respeitará todos os homens, onde a disciplina não será imposta, onde não faltará o trabalho a ninguém, onde os salários serão justos, onde cada um terá o direito a tudo o que o homem construiu, criou para a felicidade dos homens. É para isso que lutamos. Se não o conseguirmos, teremos faltado aos nossos deveres, não atingiremos o objectivo da nossa luta”. AMILCAR CABRAL

terça-feira, 4 de setembro de 2007

O CARÁCTER BELICISTA E O DESRESPEITO PELO DIREITO INTERNACIONAL


Responsável por muitas dezenas de golpes de Estado na América Latina e noutras partes do globo, os campeões da democracia têm, nos últimos anos, sido desmistificados em toda a parte. Às inúmeras tentativas de assassinato de Fidel de Castro, junta-se agora esta denúncia do envolvimento americano no derrube de Goulart
É a lei da selva a subordinar a acção dos sucessivos governos americanos.

"Família do ex-presidente Goulart quer processar EUA por golpe de estado de 1964
A família do antigo presidente brasileiro João Goulart interpôs uma acção na Justiça para que seja reconhecida a responsabilidade do governo norte-americano no golpe de Estado que o depôs, noticiou hoje o diário O Globo
Os filhos do ex-presidente, que governou o Brasil entre 1961 e 1964 e morreu no exílio em 1976, afirmaram ao jornal que querem «provar que houve uma intervenção dos Estados Unidos, através da ajuda financeira prestada pela CIA aos militares brasileiros» para depor o governo de João Goulart.
Na acção interposta na Justiça, os dois familiares reclamam ainda indemnizações no valor de 1,7 mil milhões de dólares (1,3 mil milhões de euros).
A acção foi interposta em 2003 pela viúva do ex-presidente, que se baseou nas declarações de um antigo embaixador norte-americano no Brasil na década de 1960, o qual reconheceu, num livro publicado em 2002, a responsabilidade da CIA no financiamento dos opositores de Goulart.
Em Março de 1964, o comandante do exército do estado de Minas Gerais, um dos principais opositores do presidente, mobilizou as tropas até ao Rio de Janeiro e concretizou um golpe de Estado.
O presidente dos EUA da altura, Lyndon Johnson, reconheceu a legitimidade do governo que substituiu o de Goulart, que veio a morrer no exílio, 12 anos depois."

Lusa/SOL

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