Nós, da CONCP, queremos que nos nossos países martirizados durante séculos, humilhados, insultados, nunca possa reinar o insulto, e que nunca mais os nossos povos sejam explorados, não só pelos imperialistas, não só pelos europeus, não só pelas pessoas de pele branca, porque não confundimos a exploração ou os factores de exploração com a cor da pele dos homens; não queremos mais a exploração no nosso país, mesmo feita por negros. Lutamos para construir, nos nossos países, em Angola, em Moçambique, na Guiné, nas Ilhas de Cabo Verde, em S. Tomé, uma vida de felicidade, uma vida onde cada homem respeitará todos os homens, onde a disciplina não será imposta, onde não faltará o trabalho a ninguém, onde os salários serão justos, onde cada um terá o direito a tudo o que o homem construiu, criou para a felicidade dos homens. É para isso que lutamos. Se não o conseguirmos, teremos faltado aos nossos deveres, não atingiremos o objectivo da nossa luta”. AMILCAR CABRAL

segunda-feira, 3 de setembro de 2007

PARQUES NATURAIS PERDEM ESPÉCIES


Os parques nacionais em África estão a falhar na missão de protegerem a vida selvagem dentro das suas fronteiras.
Esta foi a conclusão de um novo estudo publicado pelo Jornal Africano de Ecologia, uma publicação de carácter académico.
Os autores, Tim Caro e Paul Scholte, afirmam que agora estamos numa fase em que as espécies estão a começar a desaparecer dentro dos próprios parques.
Vários estudos demonstram que passámos à fase seguinte - estamos a perder espécies no interior dos próprios parques.
Ainda segundo os autores, "o que os novos dados sugerem é que mesmo as áreas protegidas relativamente bem organizadas não funcionam enquanto áreas de conservação a longo prazo."
Os dois estudiosos, da Universidade da Califórnia e da Universidade de Leiden na Holanda, examinaram vários estudos que acompanham o declínio na população de antílopes.
A principal causa por detrás do declínio reside na actividade humana.
Os autores afirmam que muitos parques estão sujeitos ao impacto de caçadores furtivos.
Antigamente os caçadores caçavam para consumo próprio agora o produto da caça é consumido em restaurantes de luxo em Londres ou Paris.
Outro factor importante é o aumento das populações humanas e na emigração. As comunidades crescem e vão absorvendo terras no interior da reserva.
Nas reservas mais pequenas o aumento do cultivo de terras fechou corredores de migração utilizados pelos animais ao longo do ano.
De acordo com Caro e Scholte "não há soluções fáceis" para impedir o declínio no número de antílopes.
Uma das conclusões do estudo é que a ideia original de reservar grandes espaços de terras é uma ideia que tem vindo a perder força. É uma abordagem de conservação que está hoje em dia ameaçada por factores como a utilização da terra, a demografia e a reforma agrária."

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