Nós, da CONCP, queremos que nos nossos países martirizados durante séculos, humilhados, insultados, nunca possa reinar o insulto, e que nunca mais os nossos povos sejam explorados, não só pelos imperialistas, não só pelos europeus, não só pelas pessoas de pele branca, porque não confundimos a exploração ou os factores de exploração com a cor da pele dos homens; não queremos mais a exploração no nosso país, mesmo feita por negros. Lutamos para construir, nos nossos países, em Angola, em Moçambique, na Guiné, nas Ilhas de Cabo Verde, em S. Tomé, uma vida de felicidade, uma vida onde cada homem respeitará todos os homens, onde a disciplina não será imposta, onde não faltará o trabalho a ninguém, onde os salários serão justos, onde cada um terá o direito a tudo o que o homem construiu, criou para a felicidade dos homens. É para isso que lutamos. Se não o conseguirmos, teremos faltado aos nossos deveres, não atingiremos o objectivo da nossa luta”. AMILCAR CABRAL

sexta-feira, 31 de agosto de 2007

VACINA SUL-AFRICANA CONTRA AIDS


JOHANESBURGO (Reuters) - Pesquisadores sul-africanos disseram na sexta-feira terem ficado animados com o resultado de dois estudos sobre a Aids indicando que as vacinas podem, um dia, ser eficientes no controle dos níveis do vírus HIV (da doença) e, até mesmo, na prevenção desse mal.
Dados preliminares de um teste clínico envolvendo 480 pessoas não contaminadas pelo vírus, metade delas moradores da África do Sul, mostrou que a maioria experimentou uma resposta imunológica positiva depois de ter recebido a vacina HVTN 204.
Um sistema imunológico saudável pode contribuir para evitar uma contaminação pelo HIV, ao passo que as pessoas com um sistema imunológico comprometido vêem-se, com frequência, mais sujeitas a contraírem o vírus.
"Trata-se, realmente, de boas notícias. Esse é um marco importante, mas ainda temos um longo caminho a percorrer", afirmou Gavin Churchyard, principal pesquisador envolvido no estudo.
As declarações dele foram dadas em um encontro patrocinado pela Iniciativa Sul-Africana da Vacina contra Aids e realizado em Johanesburgo.
Segundo Churchyard, os efeitos colaterais da vacina mostraram-se, em regra, de leves a moderados.
Um outro teste clínico realizado com uma vacina de DNA desenvolvida pela FIT Biotech, da Finlândia, mostrou resultados igualmente promissores com um grupo menor de portadores do HIV, em sua maioria moradores de Soweto, uma área urbana de população negra localizada ao sul de Johanesburgo.
Cerca de 5,5 milhões de sul-africanos, ou por volta de 12 por cento do total da população nacional, estão contaminados pelo HIV e mil deles morrem todos os dias em virtude da Aids, fazendo desse um país importante
Por Paul Simao

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