Nós, da CONCP, queremos que nos nossos países martirizados durante séculos, humilhados, insultados, nunca possa reinar o insulto, e que nunca mais os nossos povos sejam explorados, não só pelos imperialistas, não só pelos europeus, não só pelas pessoas de pele branca, porque não confundimos a exploração ou os factores de exploração com a cor da pele dos homens; não queremos mais a exploração no nosso país, mesmo feita por negros. Lutamos para construir, nos nossos países, em Angola, em Moçambique, na Guiné, nas Ilhas de Cabo Verde, em S. Tomé, uma vida de felicidade, uma vida onde cada homem respeitará todos os homens, onde a disciplina não será imposta, onde não faltará o trabalho a ninguém, onde os salários serão justos, onde cada um terá o direito a tudo o que o homem construiu, criou para a felicidade dos homens. É para isso que lutamos. Se não o conseguirmos, teremos faltado aos nossos deveres, não atingiremos o objectivo da nossa luta”. AMILCAR CABRAL

sábado, 13 de outubro de 2007

A DISCUSSÃO IMPOSSÍVEL



Não vou por aí. A bondade dos bons e a maldade dos maus, como assunto óbvio, não me convence. Talvez por isso algumas almas imaculadas e virginais me chamam de comunista, outras de possuir temperamento difícil e beligerante. Nunca fui complacente com a falta de carácter.....Não há erro, há risco e desafio nas escolhas que conciliam as evidências partilhadas com as urgências exigidas pela sociedade. Continuo a preferir Sartre a Aron. Mas não deixo de reler os dois. Derrida, ao reanalisar Marx, escreveu que sem este, sem Freud e sem Einstein, a "cultura ocidental" ficaria gravemente empobrecida. Do génio dos três, judeus e germânicos, resultou o melhor do pensamento europeu dos últimos 150 anos. José Sócrates pode esconjurar quem lhe convier. Mas não prova que tem razão nem convence ninguém. E, assim, a discussão torna-se impossível.

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