Nós, da CONCP, queremos que nos nossos países martirizados durante séculos, humilhados, insultados, nunca possa reinar o insulto, e que nunca mais os nossos povos sejam explorados, não só pelos imperialistas, não só pelos europeus, não só pelas pessoas de pele branca, porque não confundimos a exploração ou os factores de exploração com a cor da pele dos homens; não queremos mais a exploração no nosso país, mesmo feita por negros. Lutamos para construir, nos nossos países, em Angola, em Moçambique, na Guiné, nas Ilhas de Cabo Verde, em S. Tomé, uma vida de felicidade, uma vida onde cada homem respeitará todos os homens, onde a disciplina não será imposta, onde não faltará o trabalho a ninguém, onde os salários serão justos, onde cada um terá o direito a tudo o que o homem construiu, criou para a felicidade dos homens. É para isso que lutamos. Se não o conseguirmos, teremos faltado aos nossos deveres, não atingiremos o objectivo da nossa luta”. AMILCAR CABRAL

sexta-feira, 19 de outubro de 2007

A ENGORDA DOS BANCOS (1)


O que aconteceu no BCP e a ligeireza das justificações já apresentadas são um insulto à inteligência de todos os portugueses.
O favorecimento dos filhos pelos pais é um são e vulgar procedimento. Mas tem limites legais e éticos. E o episódio do suposto favorecimento do filho de Jardim Gonçalves pelo banco que o pai fundou e ainda dirige dá que pensar. Os jovens comuns (que da existência de banqueiros e seus favores só sabem pelo que lêem nos jornais) se querem comprar casa ou montar um negócio, ou simplesmente liquidar dívidas, têm um calvário a percorrer. Têm de oferecer garantias sólidas. Hipotecas e outras garantias reais e pessoais. E, se incumprirem, serão perseguidos até ficarem só com a roupa que têm vestida. Porque os bancos não têm estados de alma. Não vão em tretas nem se comovem. O seu negócio é multiplicar o dinheiro.

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