Nós, da CONCP, queremos que nos nossos países martirizados durante séculos, humilhados, insultados, nunca possa reinar o insulto, e que nunca mais os nossos povos sejam explorados, não só pelos imperialistas, não só pelos europeus, não só pelas pessoas de pele branca, porque não confundimos a exploração ou os factores de exploração com a cor da pele dos homens; não queremos mais a exploração no nosso país, mesmo feita por negros. Lutamos para construir, nos nossos países, em Angola, em Moçambique, na Guiné, nas Ilhas de Cabo Verde, em S. Tomé, uma vida de felicidade, uma vida onde cada homem respeitará todos os homens, onde a disciplina não será imposta, onde não faltará o trabalho a ninguém, onde os salários serão justos, onde cada um terá o direito a tudo o que o homem construiu, criou para a felicidade dos homens. É para isso que lutamos. Se não o conseguirmos, teremos faltado aos nossos deveres, não atingiremos o objectivo da nossa luta”. AMILCAR CABRAL

sexta-feira, 19 de outubro de 2007

OS NOSSOS VELHOS PREFEREM MORRER


É um pesado fadário que temos de cumprir. Caímos numa armadilha tenebrosa e fomos enganados com ardis, aldrabices e artimanhas.
Devemo-nos perguntar, e exigir que Sócrates se pergunte, quais as razões pelas quais quarenta e sete por cento dos velhos portugueses aceitam como boa a eutanásia? Porque o Governo os despreza, espezinha, explora, humilha, vexa – não lhes acode, não os protege, não os defende, não os agasalha, não os ama
Vivemos sob o império da mentira, da dissimulação e do embuste. Nada nos é claramente dito. A informação é escassa. Tornou-se acto institucional o facto de o Executivo fazer e só depois dizer. O clima de medo, de intimidação, de represália instalou-se na sociedade portuguesa de uma forma larvar. Não se ressalva os direitos adquiridos pelas massas trabalhadoras. Aniquila-se as actividades sindicais. A ofensiva “mediática” contra Paulo Sucena, o grande dirigente da Fenprof, desceu a patamares absolutamente sórdidos. O actual, está sob o fogo de “comentadores” sem beira nem beiral. Carvalho da Silva, cuja dimensão intelectual e sindical não sofre comparação com nenhum outro, tem sido, amiúde, objecto de insídias – sobretudo quando a contestação social chega ao rubro.

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